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domingo, 19 de abril de 2009

reflexão

Parece que ainda há uma sensação de medo em falar, denúnciar e cobrar promessas politicas.
Talvez porque quem está, nos partidos, em lugares de destaque, já não cumpra os ideais que originaram o seu aparecimento.
Perguntem, por exemplo, aos sociais-democratas o que é a social-democracia ou aos socialistas o que é o socialismo.
Quantos saberão responder?
Mas muitos haverá que sabem de cor como se chega a lugares de topo, a quem se encostar e quais as manobras a cumprir.
Mas pior do que isto tudo são os que na penumbra, afirmando constantemente, que nada querem da politica, vão minando o trabalho dos outros para, mais tarde, aparecerem como Salvadores da Pátria.

A classe politica parece ser a unica via para alguns que vão parasitando nos corredores da ambição.
Luta no terreno? Isso nem sabem o que é, até porque, em momentos cruciais de luta, se vão refugiando no politicamente correcto ou em afazeres profissionais para nunca darem a cara.

Se calhar, nem servia de nada darem a cara porque, na primeira oportunidade, mudavam de ideias porque vislumbravam um tachinho ao longe.

A minha geração foi a que passou pelos primeiros momentos da revolução. Na nossa memória estão ainda as lutas dos nossos pais e dos nossos avós.

Mas hoje, quase a 4 décadas da conquista da liberdade, apercebemo-nos que gerámos monstros da ganância pelo dinheiro e pelo poder, esquecendo os valores que estavam na revolução.

A abertura à Europa, que poderia ter ajudado a desenvolver o país, serviu apenas para que alguns enchessem os bolsos, "borrifando-se para o futuro" e para a enorme crise que ajudaram a criar. Muitos deles, são hoje os que mais cobram soluções....

A escassos dias das comemorações do 25 de Abril, talvez seja hora de pensar se não seria necessária uma nova revolução para tentar endireitar Portugal.

Lúcia Duarte

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