Resenhas biográficas do Carlos Moniz e do Vitorino, extraídas da WiKipedia.
Carlos Alberto Moniz, (
Ilha Terceira,
Açores,
2 de agosto de
1948, é um
artista,
apresentador,
maestro,
músico e
compositor português e é considerado um dos artistas mais completos da cena musical em
Portugal. Participou em espectáculos em Portugal e no estrangeiro com
José Afonso,
Adriano Correia de Oliveira e
Carlos Paredes, com os quais gravou vários discos.
Filho de Alberto Moniz da Costa (n.
1911 m.
1999) e de Maria Aida Menezes Bettencourt (n.
1922) (que casaram em
1940 nos
Açores). Depois do divórcio de Maria do Amparo Pereira, com quem casou
1973, de quem teve duas filhas, a cantora
Lúcia Moniz e da ex-cantora e actriz e actual cabelereira
Sara Moniz. Casou-se com
Idália Moniz, em
1991, de quem tem um filho, João Moniz, e com quem vive em
Lisboa.
Escreveu de parceria com
José Jorge Letria ao longo de 25 anos, entre outros trabalhos "Rua dos Navegantes" (Prémio "Casa da Imprensa") e a cantata intitulada "Macau um Sonho Oriental", subordinada ao tema da presença dos portugueses no Oriente.
Foi membro da Direcção da
Sociedade Portuguesa de Autores por dois mandatos (em
1983 e em
1991) e volta a integrar a Direcção desta Sociedade de
Novembro de
2001 a
Dezembro de
2003 e foi Presidente da Assembleia-geral do Sindicato Nacional dos Músicos de
2000 a
2004.
Vitorino
Vitorino Salomé Vieira, ou apenas Vitorino, como é conhecido, (
Redondo, no
Alentejo, em
1942) é um
cantor português. A sua música combina o folclore tradicional do Alentejo e o estilo urbano e popular da sua voz.
Conheceu
Zeca Afonso, de quem se tornou amigo, quando estava a fazer a recruta no Algarve. Fixou-se em Lisboa a partir dos 20 anos, onde se associou à noite, às tertúlias e aos prazeres boémios. Em 1968 entrou para o Curso de Belas Artes. Emigrado em
França, estudou pintura.
Colaborou em discos de
José Afonso, "Coro dos Tribunais", e
Fausto. Actuou no célebre concerto de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no
Coliseu dos Recreios. Lançou nesse ano o seu primeiro single: "Morra Quem Não Tem Amores".
Participou no disco "Cantigas de Ida e Volta" conjuntamente com outros nomes como
Fausto,
Sheila e
Sérgio Godinho.
Em 1975, estreou com o seu primeiro disco que incluía uma das canções mais importantes do imaginário português: “Menina estás à janela”. No álbum "Semear Salsa ao Reguinho" aparecem ainda canções como "Cantiga d'um Marginal do séc. XIX", "A primavera do Outono", "Cantiga de Uma Greve de Verão" e "Morra Quem Não Tem Amores".
Em 1977 foi editado o disco "Os Malteses" que inclui "Oh Beja, Terível Beja". Vitorino foi também o produtor do disco "Ó Rama Ó Que Linda Rama" de
Teresa Silva Carvalho, editado nesse ano.
O
Grupo de Cantares do Redondo, da qual fazia parte, lançou em
1978 o disco "O Cante da Terra".
O álbum "Não Há Terra Que Resista - Contraponto", que inclui o tema "Dá-me Cá Os Braços Teus", foi editado em
1979.
"Romances", editado em 1980, conta com a colaboração especial de
Pedro Caldeira Cabral. "Indo Eu Por I Abaixo" e "Laurinda" são algumas das canções deste disco.
O álbum "Flor de la Mar", editado em 1983, incluiu temas como "Queda do Império", com
Filipa Pais, "Cervejaria da Trindade", "Marcha Ingénua" e "Dama de Copas".
"Leitaria Garrett" é lançado no Outono de 1984. "Tinta Verde", "Leitaria Garrett", "Tragédia da Rua das Gáveas", "Andando Pela Vida", "Poema", "Menina Estás À Janela" (com o
Opus Ensemble) e "Postal para D. João III" são alguns dos temas.
Em Dezembro de 1985 foi editado o álbum "Sul" com temas como "Meninas", "Sul" e "Homens do Largo". Um ano depois foi editado o máxi-single "Joana Rosa".
O álbum "Negro Fado", co-produzido por
António Emiliano e
José Manuel Marreiros, foi editado em Abril de 1988. O disco inclui temas como "Vou-me Embora", "Negro Fado", "Flor de Jacarandá" e uma versão em crioulo de "Joana Rosa". O disco vence o
Prémio José Afonso.
"Cantigas de Encantar", com a participação dos seus sobrinhos, foi lançado em Novembro de 1989. O disco inclui um livro com dez histórias populares.
Em 1990 surgiu com o quarteto
Lua Extravagante, com
Filipa Pais e os seus irmãos
Janita e
Carlos Salomé. O álbum homónimo surgiu em 1991 com canções como "Lua de Papel", "Ilha" ou "Adeus Ó Serra da Lapa".
Com o álbum "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada", de 1992, com textos de
António Lobo Antunes, venceu o
Prémio José Afonso/93 e o
Se7e de Ouro/92 para música popular. Os temas mais conhecidos deste disco são "Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto", "Tango do Marido Infiel Numa Pensão do Beato" e "Ana II".
Em 1993 foi editada a compilação "As Mais Bonitas" com regravações de "Laurinda" e de "Menina Estás À Janela" e a gravação de Vitorino para "Ó Rama Ó Que Linda Rama".
O álbum "A Canção do Bandido", editado em Novembro de 1995, inclui canções como "Nomes do Amor", "Fado da Prostituta", "Tocador de Concertina" e "Fado Alexandrino". É um dos discos candidatos ao
Prémio José Afonso.
Foi fundador do projecto
Rio Grande juntamente com
Rui Veloso,
Tim,
João Gil e
Jorge Palma. O disco de estreia foi editado em Dezembro de 1996. Em Dezembro de 1997 é editado o álbum "Dia de Concerto" com gravações ao vivo dos
Rio Grande.
Vitorino,
Janita Salomé,
Rui Alves,
Ricardo Rocha e
João Paulo Esteves da Silva apresentaram no CCB, no âmbito do festival dos 100 dias da Expo-98, os dois espectáculos "A Utopia e a Música" onde apresentaram um repertório menos conhecido de
Zeca Afonso.
Com a brasileira
Elba Ramalho participou, em 1999, num dos programas "Atlântico" de
Eugénia Melo e Castro.
Em 1999 gravou um disco em
Cuba com o
Septeto Habanero. "Desde El Día En Que Te Vi" e "Toda Una Vida" foram os temas em maior destaque do disco "La Habana 99".
Participou, com
Pedro Barroso e
Isabel Silvestre, na campanha da Fenprof para colocar novamente de pé o sistema educativo timorense. No disco "Uma Escola Para Timor", de 2000, são interpretadas canções do professor e músico
Rui Moura.
Em Novembro de 2001 foi editado "Alentejanas e Amorosas". O disco inclui os temas "Vou-me Embora Vou Partir", "Alentejanas e Amorosas", "Meu Querido Corto Maltese","Ausência em Valsa", "Cão Negro", "Constança", "Bárbara Rosinha", "Dona dos Olhos Castanhos", "Paixão e Dúvida", "Mariana à Janela", "Coração ao Deus Dará" e "Guerrilha Alentejana". Inclui também o tema da série "Estação da Minha Vida".
A compilação "As Mais Bonitas 2 - Ao Alcançe da Mão" é editada em finais de 2002. Inclui os inéditos "Galope" e "O Dia Em Que Me Queiras". Colabora num dos temas do projecto
Cabeças No Ar.
"Ao Alcance da Mão" é o nome de um 'songbook', editado em Junho de 2003 pela editora D. Quixote, com 25 canções do seu repertório. O livro é acompanhado de um CD onde interpreta os temas "Menina Estás à Janela", "Queda do Império" e "Alentejanas e Amorosas".
O álbum "Os Amigos - Coimbra nos arranjos de
António Brojo e
António Portugal" conta com a participação de Vitorino,
Luís Góis,
Janita Salomé,
Almeida Santos,
Manuel Alegre, entre outros.
Em Abril de 2004 foi lançado o disco “Utopia”, de Vitorino e de
Janita Salomé, com o registo dos dois concertos realizados no CCB em Fevereiro de 1998. Ainda em 2004 é editado o álbum "Ninguém Nos Ganha Aos Matraquilhos!" que contou com a colaboração de nomes como
Rui Veloso,
Manuel João Veira e
Silvia Filipe.
A completar 30 anos de carreira, foi editada em Fevereiro de 2006 a compilação "Tudo" com 50 canções em três discos temáticos subordinados ao "O Alentejo", "Lisboa" e "O Amor".
Em Abril de 2006,
Manuel Freire,
Vitorino e
José Jorge Letria cantaram Abril aos mais novos no disco "Abril, Abrilzinho" que foi lançado através do jornal Público.