A nossa ginja (rtp2)

Onde está a luta contra o tgv?

O Não à passagem do tgv por terras de Alcobaça (pelo menos no que respeita ao traçado aprovado) foi bandeira do psd e do elenco camarário.

Desde 2003 que o então deputado municipal, Paulo Inácio (hoje presidente da assembleia municipal)alertava para "o terramoto que aí vinha". Na altura, para o presidente da câmara e para os seus vereadores, isso não seria importante.

A importância de dar a cara contra o tgv, quer por parte do presidente Sapinho, quer por parte do seu vice, Carlos Bonifácio, apareceu apenas quando este projecto colocou em causa a Quinta da Serra (na Benedita)e quando ambos se aperceberam que era politicamente correcto ser contra.

Aproximava-se mais um ano de eleições. O povo estava ao rubro na defesa das suas terras, dos seus valores sociais, das riquezas naturais e da sua qualidade de vida.
Para o presidente Sapinho, esta passou, então a ser a prioridade.

Convém recordar a alguns (que hoje dizem que o presidente, nessa altura e sobre este assunto, "teve uma actuação impecável")que esse mesmo presidente, foi o que , quando se iniciou a consulta pública sobre o projecto tgv, foi, calmamente de férias e só comunicou este assunto, depois de, ter passado um mês calmo (tão calmo que até se esqueceu de fazer a sua declaração de rendimentos....).

Foi em Setembro que deixou que a bomba estourásse nas mãos de presidentes de junta e do povo que diz defender.

Foi, também, este presidente de câmara que bateu com as portas às negociações, numa atitude de pura birra infantil (porque não lhe davam o valor que ele queria pela Quinta da Serra), tendo afirmado em público, por diversas vezes "eu tinha vergonha de lá estar" e "Alcobaça não compactua com isto". Mas foi mais longe, em reunião pública camarária (e na presença da comunicação social) diz: "Nós vamos até aos tribunais nacionais e , até ao europeu, para defendermos Alcobaça e não deixarmos passar o tgv"

Onde está agora essa tomada de posição por parte do presidente (desculpem a minha insensibilidade face à grave doença do presidente, mas isso não pode ser desculpa para "colocar o rabo de fora". Se não tem saúde para continuar a ocupar o lugar na câmara - saia!, e ponha o vice a trabalhar - não é que ficássemos melhor servidos, mas pelo menos não haveriam desculpas.)?

e onde anda agora o tal presidente de junta que jurou lealdade à Pátria beijando a bandeira nacional? O mesmo que dizia que juntava o povo e paráva a entrada do tgv à entrada da Benedita?

Para quando a colocação de um processo nos tribunais para impedir este pesadelo de passar por Alcobaça?

Tenham vergonha! E por uma vez na vossa vida politica, coloquem os interesses da população acima dos vossos interesses pessoais!

NUNCA MAIS PÁRAM AS MENTIRAS?

Agora entende-se porque o vereador das obras não estava disponivel para dar a cara: como sempre, este elenco camarário nunca dá a cara quando aparecem os buracos.

Embora tenham sido diversos os alertas quanto às barreiras arquitectonicas, nada se têm feito para resolver os problemas de acesso dos deficientes e, quando se faz, faz-se mal!
Provavelmente agora, que o presidente está com graves problemas de mobilidade, se fosse necessário ele fazer aquele trajecto, então, o elevador apareceria a funcionar.

É por isso que, como à semelhança do caso do Luis de Matos, de cada vez que se faz asneira, manda-se um assessor falar para se queimar.

A verdade passa pela falta de sensibilidade deste psd para com os cidadãos mais necessitados (que só recordam quando necessitam dos seus votos nas urnas).

A falência de um empreiteiro não serve de desculpa para o desleixo desta gente que diz que nos governa.

As pessoas com dificuldades motoras têm o direito de se sentirem integrados na sociedade destes "ditos normais" que lhes dificultam a vida.

Quanto custa a manutenção do elevador? Será, decerto, menos do que custa a gasolina usada pelos membros deste executivo, em passeios particulares e menos do que se gasta em comunicações de telemóveis.

A verdade é que esta governação psd não se preocupa com o bem-estar social da nossa população