Amanhã vamos dar ínicio a um novo desafio: trabalhar ao vivo no Your Hotel Spa, antigas Termas da Piedade.
Pedimos ao Dr Rui Rasquilho que nos desse uma noção do que, no passado, eram as Termas da Piedade. Amavelmente, ele cedeu-nos o texto que se segue:
Histórias curtas
As Termas da Piedade
Chamavam-lhes também águas de Nossa senhora da Piedade ou Fervença.
Sabe-se que no inicio do séc XX era proprietário da nascente Amadeu Pupo, concessionário de minas em Portugal, que a vendeu a Manoel Rodrigues Serrazina.
Segundo Charles Lepierre, que fez a análise química da água mineral (em 20 de Novembro de 1928), esta é muito rádio activa e não se altera com a acção do tempo.
Mais adiante o analista garante ser a água de “um tipo próprio que não se confunde com águas similares. Não tem competidores em Portugal”.
Recomenda na sua análise o especialista francês a utilização da água que deve ser tomada em jejum (100 a 250grs) nos casos de “prizão de ventre”, “doenças de senhoras” e de pele e úlceras.
A água bebia-se e aplicava-se em clisteres, irrigações e banhos.
As termas tinham publicidade em Lisboa “águas minero-medicinais da Piedade”. Distante de Lisboa apenas 132 Kºs. – Custo do Bilhete, aª classe ida e volta 53$15 de Lisboa ao Valado (Estação que serve Piedade, Alcobaça e Nazaré).
“Abertas todo o ano” as Termas ficam a 3 quilómetros de Alcobaça, “conduzindo até uma estrada cómoda e cheia de pitoresco”.
A publicidade nesta época era longa e descritiva por isso o panfleto acrescenta: “ Em Alcobaça desfruta-se de uma vida absolutamente tranquila, havendo diversos hotéis e pensões onde se encontra uma hospedagem a todos os títulos convidativa”.
Entre 1912 e 1927 as Termas são administradas pela Câmara Municipal de Alcobaça
Rui Rasquilho
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