Gostei de ver que o engenheiro Canha foi substituído pelo dr Rui Rasquilho.
Era imoral (desculpa Zé Alberto mas eu tinha de dizer isto) que um candidato por um partido à assembleia municipal tivesse privilégios sobre os demais (eu sei que foi escolhido antes mas o normal teria sido ele ter pedido a substituição em nome da transparência da pré-campanha).
Depois, Rui Rasquilho entrou no programa certo, ou seja, falou do que ele tão bem sabe: o mosteiro.
Tal como ele, eu também acho que o mosteiro de Alcobaça tem problemas bem mais graves do que "as casas de banho".
Só quem não conhece a realidade do mosteiro pode fazer das casas de banho "um cavalo de batalha". Só pode ser uma tentativa de mostrar que se tem ideias quando, na realidade, não se tem a mínima ideia do que se está a falar.
Eu tive o privilégio de conhecer as "partes negras" do nosso mosteiro pela mão de quem o conhece palmo a palmo e posso garantir que a ala norte (mais exactamente a parte do antigo asilo) e o telhado são problemas bem mais preocupantes que uns meros WCs.
Eu sei que me vão acusar de viver nos sécs XIV, XV ou XVI. Não me importo quando estão em causa os verdadeiros problemas do sec XXI e dos que se lhe seguem.
Não me interessa (nesta análise) se os outros monumentos pela Europa fora têm, ou não, WCs condignos para os turistas. Incomoda-me ver um património histórico e cultural a degradar-se e "alguns (supostamente) entendidos na matéria" a estarem preocupados com os Wcs.
Eu talvez não devesse dizer isto (por não ser politicamente correcto), mas isto não passam de ideias de caca, de quem se julga muito "conhecedor da matéria e defensor da modernidade".
Sejamos realistas: de que serve ter Wcs todos XPTO se depois há um telhado a cair, buracos em paredes, zonas abertas ao vandalismo e até uma fonte em perigo?
É pena que, de repente, apareçam os "xicos espertos" que se julgam donos da verdade e que não tentem inteirar-se dos reais problemas antes de emitirem opiniões tão desfasadas da realidade.
Agradeço ao Dr Rui Raquilho a análise do problema e a facilidade que nos deu (enquanto era director do mosteiro) de constatarmos o problemas de perto.
2 comentários:
Olá Lúcia! Muito obrigado pelo comentário e pela intervenção. Queria apenas sublinhar que os comentadores residentes do Um Olhar Sobre a Semama são convidados, pela direcção do programa e pela direcção da Rádio Cister, em nome pessoal e não em representação partidária,embora se tenha em conta essa sua possível conotação. O José António Canha desempenhou o seu papel de uma forma excelente e a sua substituição na equipa deveu-se apenas a razões deontológicas, ou seja, ao facto de ser candidato a um cargo político nas próximas eleições autárquicas. Concordo consigo quando refere que a entrada de Rui Rasquilho na equipa se deu da melhor maneira possível, para agrado de todos nós e, certamente, dos nossos prezados ouvintes. É claro que o tema desta emissão foi, tal como sempre, escolhido por mim, como editor do programa As mesmíssimas razões deontológicas que conduziram a esta substituição levar-nos-ão a uma outra alteração no quadro do Um Olhar Sobre a Semana, com a entrada de mais um comentador residente, oriundo da área BE/PCP. Infelizmente já fizemos vários convites, nenhum deles se tendo concretizado até agora devido a motivações de vária ordem... Espero continuar a contar consigo como ouvinte dedicada e interveniente!
Olá Zé
Claro que todos percebem que a intenção é a de ter em cada comentador uma linha politica de pensamento.
Eu não disse que o Canha tivesse desempenhado mal a função enquanto comentador, eu disse, e o Zé reforçou essa ideia, que deontologicamente era incorrecto .
Claro que vai continuar a contar com a minha presença como ouvinte atenta aos problemas de Alcobaça e às mais variadas opiniões.
E, como já me conhece bem, eu intervir com comentários sempre que considere oportuno
abraço
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