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Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
Não me responsabilizo pelos comentários de terceiros, uma vez que não faço moderação dos mesmos

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carta ao sr ministro. A qual? Áquele que me está a ajudar!

Um amigo mandou-me este texto por email. Achei tão realista que decidi partilhar convosco. Desconheço o autor.



Há dias um pobre pediu-me esmola. Depois, encorajado pela minha generosidade e esperançoso na minha gravata, perguntou se eu fazia o favor de entregar uma carta ao senhor ministro. Perguntei-lhe qual ministro e ele, depois de pensar um pouco, acabou por dizer que era ao ministro que o andava a ajudar.
O texto é este:

"Senhor ministro, queria pedir-lhe uma grande ajuda: veja lá se deixa de me ajudar. Não me conhece, mas tenho 72 anos, fui pobre e trabalhei toda a vida. Vivia até há uns meses num lar com a minha magra reforma. Tudo ia quase bem até o senhor me querer ajudar.
Há dois anos vierem uns inspectores ao lar. Disseram que eram de uma coisa chamada Azai. Não sei o que seja. O que sei é que destruíram a marmelada oferecida pelos vizinhos e levaram frangos e doces dados como esmola. Até os pastelinhos da senhora Francisca, de que eu gostava tanto, foram deitados fora. Falei com um deles, e ele disse-me que tudo era para nosso bem, porque aqueles produtos, que não estavam devidamente embalados, etiquetados e refrigerados, podiam criar graves problemas sanitários e alimentares.

Não percebi nada e perguntei-lhe se achava bem roubar a comida dos pobres. Ele ficou calado e acabou por dizer que seguia ordens. Fiquei então a saber que a culpa era sua e decidi escrever-lhe. Nessa noite todos nós ali passámos fome, felizmente sem problemas sanitários e alimentares graves.

Ah! É verdade. Os tais fiscais exigiram obras caras na cozinha e noutros locais. O senhor director falou em fechar tudo e pôr-nos na rua, mas lá conseguiu uns dinheiritos e tudo voltou ao normal. Como os inspectores não regressaram e os vizinhos continuaram a dar-nos marmelada, frangos e até, de vez em quando, os belos pastéis da tia Francisca, esqueci-me de lhe escrever.

Até há seis meses, quando destruíram tudo. Estes não eram da Azai.

Como lhe queria escrever, procurei saber tudo certinho. Disseram-me que vinham do Instituto da Segurança Social. Descobriram que estava tudo mal no lar. O gabinete da direcção tinha menos de 12 m2 e na instalação sanitária do refeitório faltava a bancada com dois lavatórios apoiados sobre poleias e sanita com apoios laterais. Os homens andaram com fitas métricas em todas as janelas e portas e abanaram a cabeça muitas vezes. Havia também um problema qualquer com o sabonete, que devia ser líquido.

Enfureceram-se por existirem quartos com três camas, várias casas de banho sem bidé e na área destinada ao duche de pavimento (ligeiramente inferior a 1,5 m x 1,5 m) não estivesse um sistema que permita tanto o posicionamento como o rebatimento de banco para banho de ajuda (uma coisa que nem sei o que seja). Em resumo, o lar era uma desgraça e tinha de fechar.

Ultimamente pensei pedir aos senhores fiscais para virem à barraca onde vivo desde então, medir as janelas e ver as instalações sanitárias (que não há!). Mas tenho medo que ma fechem, e então é que fico mesmo a dormir na rua.
Mas há esperança. Fui ontem, depois da missa, visitar o lar novo que o senhor prior aqui da freguesia está a inaugurar, e onde talvez tenha lugar.

Fiquei espantado com as instalações. Não sei o que é um hotel de luxo, porque nunca vi nenhum, mas é assim que o imagino. Perguntei ao padre por que razão era tudo tão grande e tão caro. Afinal, se fosse um bocadinho mais apertado, podia ajudar mais gente. Ele respondeu que tinha apenas cumprido as exigências da lei (mais uma vez tem a ver consigo, senhor ministro). Aliás o prior confessou que não tinha conseguido fazer mesmo tudo, porque não havia dinheiro, e contava com a distracção ou benevolência dos inspectores para lhe aprovarem o lar. Se não, lá ficamos nós mais uns tempos nas barracas.

 
Senhor ministro, acredito que tenha excelentes intenções e faça isto por bem. Como não sabe o que é a pobreza, julga que as exigências melhoram as coisas. Mas a única coisa que estas leis e fiscalizações conseguem é criar desigualdades dentro da miséria. Porque não se preocupam com as casas dos pobres, só com as que ajudam os pobres."

Não podemos ter memória curta.

Não podemos ter memória curta.
Pena é que , nas escolas, não se dê a visão total da nossa história recente.
Felizmente fui tendo capacidade de observar, ler, meditar e finalmente....perceber que temos de nos manter longe de partidos para opinarmos de forma independente.
Assisti à descolonização sem acordos ou contrapartidas; aos nossos portugueses que tanto edificaram nas ex-xolonias a virem para a "metrópole" sem uma 2ª muda de roupa (muitos a tornarem-se sem abrigo...); a politicos a impingirem a ideia de que a Europa é que era boa (e que tinhamos de deixar de produzir nas nossas terras e de pescar no nosso mar); politicos que sairam para ocupar grandes cargos na Europa (supostamente para defender os interesses do nosso país); gente despesista a quem prometeram um pote de ouro e o fazerem cair como um monte de esterco; gente que perante a crise que ajudou a criar, se dearcou e até vive à grande em outros país da Europa....
Só isso? Não! Até gente que se serve de dinheros e outros meios  públicos para fins pessoais; gente que "se enche", vai a julgaento mas que, no fim, têm muito dinheiro para pagar a advogados que "vão protelando até prescrição".
Ora eu assisti a tudo isto e, modestamente, fui criticando o mais possivel mas....o que é feito dos outros portugueses que, tal como eu, foram assistindo a tudo isto?
Quantos de nós "se chatearam" e criticaram? Quantos foram cobardes ao ponto de se absterem nas eleições?
Quantos dos que hoje tanto falam fizeram algo pela mudança?
Será que, só agora (que dói nos bolsos) é que perceberam até onde levou a sua passividade e a sua inercia?
Quantos carneiritos de carreira, hoje? gritam contra a injustiça social quando, toda a vida viveram da mordomia dos boys?
Alguma vez se viu este país a organizar uma greve à entrada do IRS (mesmo que tivessem noção de que os dinheiros iam para o bolso dos boys)?
Claro que não! Agora temos as medidas que sabíamos necessárias mas que demoraram a chegar.
E será que isto nos vai servir como lição de vida? Claro que não! A maioria dos portugueses tem um boy (ou um candidato a boy) na sua família....
Duvido que haja coragem de endireitar o que nasceu torto.
Comemorar o 25 de Abril? Para quê? Seremos masoquistas? Vamos comemorar o inicio do fim?
Bastava uma revolução interna que nos desse liberdade de crenças politicas (que foi, aliás, o único fundamento da suposta revolução).
Conquistamos liberdade ou libertinagem? Passámos a viver numa sociedade onde só há direitos ( e, só para alguns, em especial para as falsas minorias) e em que passou a haver uma cultura de falta de deveres....
Parabéns Portugal - Grande País que conseguiu viver assim 37 anos! Isto deveria ir para o Guiness!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Turquel, Património, suas terras, suas gentes

Se é amante de história e de património físico e cultural, não pode deixar de ler o livro Turquel, suas Terras e suas Gentes, da autoria do professor António Fraga de Oliveira.
Eu, acabei hoje de o ler e dou o tempo por muito bem empregue. A qualidade da investigação, o legado hist´rico e cultural que aqui nos é oferecido, é razão mais do que suficiente para comprarmos este livro.
Fiquei fascinada pela simplicidade com que tudo nos é contado.
Fiquei fã!
Amigos, não percam esta leitura e este manual de saberes. Podem comprá-lo no Parque dos Monges ou no Artesanato de Aljubarrota.
Ao professor Fraga, o meu muito obrigado pelo seu contributo para o conhecimento de Turquel

domingo, 9 de outubro de 2011

Sempre que vou ao Parque dos Monge sinto que, cada vez mais, terá de ser a sociedade civil a "puxar" pelas suas terras.
Belissimo exemplo disso é o resultado do sonho (e de uma grande dose de teimosia) da família Alves: um parque natural, situado num local histórico do Concelho, onde todas as formas de cultura, lazer e entretenimentoossem possiveis.
O sonho tornou-se realidade a antiga Quinta das Freiras tornou-se no mais belo espaço polivalente que Alcobaça jamais imaginou vir a ter.

Mas hoje, a minha ida a este maravilhoso parque deveu-se a um convite de um dos seus proprietários para estar presente no lançamento do livro de um conhecido meu (e ex-colega no jornal o Alcoa, na altura em que o jornal tinha poquissima gente a mantê-lo vivo).
Refiro-me ao livro " Alcobaça é comigo" da autoria de José Eduardo Reis Oliveira, conhecido por todos como Jero.
Evidentemente, ainda não tive tempo de ler as histórias por ele contadas no livro mas, vieram-me aos olhos uma história que ele já me havia contado: a da Mariana, da avó e do céu.
A presença da família é, aliás, uma imagem de marca do Jero:



foram vários os oradores






Da sessão de autógrafos, guardo a imagem do antigo director do Alcoa

Valeu por mais um testemunho alcobacense, por gente que revi e por quem nutro muito respeito: Piedade Neto, João Paulo Costa, Eduardo Nogueira, Mário Maduro e a esposa do Jero.
Também gostei de rever o emplastro do Concelho de Alcobaça (o lambe-botas que, de repente, está emtodas, hihihi)

Abração Jero





sábado, 8 de outubro de 2011

A sensação que me dá é que há gente que usa o preservativo na cabeça errada!

Gosto sempre de perceber que alguém teve a capacidade de mudar o seu pensamento, face a um pensamento maduro sobre determinado assunto.
Há que reconhecer (embora subtilmente) que seguiu o caminho errado.
Foi o caso do actual Presidente da Republica quando pediu aos portugueses para consumir produtos nacionais.
Ora a pesca (que acedeu na redução de quotas) e a agricultura (que permitiu que fosse trocada por subsídios) são produtos nacionais que, segundo o sr Presidente, devemos consumir para ajudarmos a economia interna.
O homem percebeu que o que é nacional é bom e é de consumir.
Pena é que, algumas pessoas, de mentalidade mais fechada e/ou  pessoas sem capacidade de evoluir mental e socialmente, não consigam atingir a ideia da necessidade de defender o que é nosso.
Acho que nunca vou esquecer as palavras de uma senhora (que é até é esposa de um ex-presidente de junta de freguesia deste país): "uma feira de artesanato na nossa freguesia é uma falta de respeito para com os comerciantes da zona".
Vejamos: a freguesia em causa tem, no local em questão uma farmácia ( o artesanato ainda não começou a vender preservativos artesanais), uma florista (podemos abdicar de levar a nossa), uma loja de artesanato ( de um membro da nossa associação), um belíssimo café (ainda não servimos pão quente) e....uma loja de chineses!
Ora o que é nosso e historicamente aprovado e apreciado por todos, terá de se render e se limitar perante uma loja de chineses que pouco contribuem para a economia e para a cultura do nosso país?
Onde estava a esposa do tal ex-presidente de junta quando permitiram que os chineses se instalassem na freguesia? Estava na linha a frente a defender o artesanato da região?
Não vejo outra forma de dizer isto: as mentalidades demoram a mudar, a menos que, lhes dê jeito no próprio bolso.
A sensação que me dá é que há gente que usa o preservativo na cabeça errada!