Há coisas em que tenho muito orgulho. Exemplo disso é o facto de ter tido bons professores que cumpriam o programa de ensino.
Eu andei numa escola primária com 4 salas, sendo que era uma para cada ano.
Com uma professora dedicada ao ensino apenas daquele ano, tive oportunidade de aprender a tabuada, a fazer mentalmente os exercicios que permitiam chegar a reultados aritméticos, a saber onde eram as serras, onde nasciam e desaguavam os rios e, até os caminhos de ferro.
Até aprendi o Hino Nacional e, por isso, felizmente, não precisei de um evento futebolistico para o aprender.
Aprendi o que eram hierarquias e, como tal, nunca me atreveria a desrespeitar um professor nem uma continua (era como se chamava o que hoje é denominado de , qualquer coisa como, assistente de acção educativa).
Eu tinha de levar a cesta com a comida, aprender a carregar a caneta de tinta permanente, usar bata e nem sabia o que era uma calculadora.
Chegada à 4ª classe (actual 4º ano) tinha de fazer exame escrito e oral e, só tinha acesso ao ciclo preparatório se tivesse sido aprovada em todas as fases do exame.
Fiquei traumatizada?
Não!
traumatizada estou, hoje, ao perceber que os meninos são de vidro, não sabem a tabuada, dão erros de palmatória, usam máquinas de calcular ou telemóveis para fazer as contas mais básicas e , até se dão ao luxo de tratar mal os professores.
Acho muito bem que o sr Ministro da Educação tenha reimplantado algumas coisas que nunca deveriam ter desaparecido.
Aprendam a escrever sem o corretor do google, aprendam a exercitar os neurónios, fazendo contas de cabeça e mostrem o que valem em exames, no fim deste ciclo de aprendizagem.
Há que aproveitar o que o passado tem de bom. A ideia deve ser melhorar e não, ajudar a criar seres que pernte uma máquina perdem a autonomia, apenas porque, nunca ninguém os incentivou a pensar.