PATRIMÓNIO GEOLÓGICO DE ALCOBAÇA E NAZARÉ COMO FONTE DE TURISMO CULTURAL
No dia 1 deste mês realizou-se mais uma tertúlia no café Portugal, organizada pelo Prof doutor Antonio Delgado.
Interessado em tudo o que diga respeito a Alcobaça e, ao seu conhecimento e divulgação mais profundo, aos problemas que se deparam na actualidade no concelho e na tentativa de por os alcobacenses a falarem uns com os outros, afim de encontrarem soluções para os seus anseios, perspectivando debates de temas actuais . O professor dedicou, desta vez, o tema da tertúlia com “Uma Viagem pelo Património Geológico e Paisagístico das Regiões da Nazaré e Alcobaça: Ócio, Economia e Geoturismo”
Como convidados a intervir estiveram a Dra Laura Anastácio (geóloga e técnica superior da Câmara Municipal da Nazaré) e o Mestre António Menezes (arqueólogo e assessor no Governo Civil de Lisboa).
A Dra Laura teve uma intervenção, que julgo muito positiva ao dar a conhecer formas de divulgar o nosso património e a chamar a nossa atenção para algumas das preciosidades naturais da nossa zona e que poderiam ser usadas num turismo cultural de qualidade.
Segundo a geóloga, a Nazaré depende do seu património natural e importa explorar, para além das belas praias, o promontório, o complexo vulcânico, o monte de S. Bartolomeu, a Serra da Pescaria e o pelourinho fóssil da Pederneira, de entre outros.
António Delgado referiu que a Nazaré e Alcobaça se entendessem muito bem a vários níveis e que esta é uma forma de irmos ao encontro das nossas raízes e uma forma mais de percebermos que “isto não é só um turismo de praia e de restaurantes.
O Mestre António Menezes veio completar a informação da Dra Laura focando o paradigma da Serra de Aire e Candeeiros e focando a importância do maciço calcário que abrange Ourem, Alcobaça, Fátima, Porto de Mós e Alvados.
De referir a importância das dolinas e das zonas de depressão de água.
Quase a titulo de conclusão, e pelo que foi apresentado pelos dois conferencistas,
António Delgado diz que
“quem nos visita quer um turismo de qualidade e em vez de praia, procura mais as raízes culturais do espaço onde está para ir ao encontro daquilo que é a identidade dele. Na era da globalização, turistas Japoneses, indianos, ou Turcos, não querem praias nem sol. Querem conhecer costumes e identidades (…) não é o dinheiro de Qrens e outros dinheiros comunitários para requalificações manhosos que fazem as terras atractivas , mas a falta de vontade e de gente competente e com imaginação por parte dos poderes políticos porque são estes que impede nalguns casos o desenvolvimento cultural, social e obviamente económico das terras”.
A próxima tertúlia está marcada para dia 22 às 17 horas com o tema “Qualidade de vida e desenvolvimento no concelho de Alcobaça: análise comparativa”.
Terá como orador José Pires Manso, professor catedrático da Universidade da Beira Interior e responsável do Observatório para o desenvolvimento económico e social, sendo um dos elementos que elaborou o estudo sobre os municipios e a qualidade de vida em Portugal.
Será importante a participação de todos nesta tertúlia uma vez que nos vai ser dado a conhecer a parte do estudo feita por este professor em relação ao nosso concelho. É talvez um dos momentos para nos aperceber o que se passa no nosso concelho dado que haverá comparações com os concelhos vizinhos e que estão em melhor classificados segundo este estudo, muito divulgado pela imprensa nacional e regional em Fevereiro passado...lá nos veremos.
LD
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