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Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

reunião pública da CMA de hoje

Hoje fui à reunião pública de Câmara e, mais uma vez, comprovei que a atitude desta vereação, embora da mesma cor politica da de Sapinho, é totalmente diferente: nós temos não só o direito a exprimirmos os nossos problemas, como também, recebemos explicações lógicas e bem fundamentadas para a sua resolução.
Acabou, portanto, o ar arrogante e ditador com que éramos recebidos pelo antigo presidente.
Percebi que a CMA se debate com diversos problemas e talvez o principal seja o ter de mudar mentalidades (dentro e fora dos seus serviços).
Depois há as dividas herdadas (e que como todos sabíamos, comprometiam a tesouraria por diversos anos), os contratos mal feitos (alguns que nem chegaram ao conhecimento da Assembleia Municipal) e os cortes impostos pelo governo central.
Percebo o esforço que está a ser feito para trazer Alcobaça a bom porto e limpar a péssima imagem deixada pelos autarcas nos últimos 12 anos.

Mas vamos lá às boas noticias:

  • Paulo Inácio explicou a razão do atraso no pagamento aos fornecedores e disse que esperava a entrada de verbas entre 16 e 17 para regularizar as situações.
  • Vai haver a feira de S. Simão embora em moldes diferentes, ou seja, voltamos às raízes em que esta feira era a "feira dos passados e dos frutos secos" ( e desculpem a imparcialidade mas eu considero que, pelo menos para isso, a crise serviu: acabam-se as misturas e recuperamos a pureza do tradicional). Neste caso, VIVA A CRISE que serviu para elevar o espírito de S. Simão.
  • Os doces conventuais vão ter a sua edição (contrariamente ao especulado) e esperemos que com a mesma qualidade do ano anterior
  • As crianças do Bárrio vão ter uma escola condigna até ao inicio do próximo ano lectivo

NOTICIA MUITO IMPORTANTE
Paulo Inácio propôs novas regras para a derrama: empresas com facturação superior a 150 000 € passam a pagar mais 1% do que actualmente.
Em contrapartida, as empresas que facturem abaixo desse valor terão uma redução de 2%, ou seja, passam de 12% para 10%.
Bom sinal de preocupação com os pequenos e médios empresários.
Nesta matéria, há que realçar a boa postura do vereador Rogério Raimundo que votou a favor da medida. Evidentemente, a CDU quereria isenções mas, com os pés na terra e atento à crise, este vereador considerou que a CMA estava dar um sinal positivo na matéria.
Infelizmente, a posição do PS, pela voz do vereador Acácio Barbosa, não teve essa sensibilidade e votou contra. A justificação foi pouco clara e conseguiu meter os pés pelas mãos pois enquanto Rogério Raimundo lamentava que bancos e grandes superfícies comerciais não contribuíssem no pagamento deste imposto para beneficio do município, Acácio Barbosa respondeu como se se estivesse a falar do volume de facturação dos pequenos empresários

Acácio Barbosa fez um pequeno historial das promessas eleitorais de Paulo Inácio e fez um pequeno balanço, esquecendo, ou talvez não, que uma parte do "aperto" actual da CMA provém das leis incompreensiveis do primeiro-ministro que, por mero acaso até é do seu partido.

No entanto, esteve bem quando trouxe para esta sessão pública (e porque lá estavam os jornalistas regionais, sabia que isto se tornaria público) mais uma bronca sapinhista:

Em 9/01/99 a CMA compra o terreno da quinta da Cela (como todos se recordam, por 3.5 milhões para oferecer ao governo central, com vista à construção do novo hospital)
em 12/01/99 a CMA (novamente com a assinatura do sr Sapinho como representante do município) assina um contrato de comodato com os que 3 dias antes venderam o terreno permitindo que estes pudessem permanecer ou ceder a terceiros o uso da coisa.
O actual presidente da autarquia garantiu que, enquanto Presidente da AM (funções que desempenhava na altura) nunca tal documento lhe foi mostrado e que já procedeu à denúncia do mesmo.

Isto foi bom pois comprova-se que o tal sr Sapinho, punha e dispunha da coisa pública com ditadura, secretismo e que sonegava informação ao órgão fiscalizador (leia-se AM). Coloca-se uma outra questão: Quantos mais contratos estão nesta situação e sobre os quais a informação foi escondida da AM e do seu presidente?
Que mais contratos nestas circunstâncias estão a prejudicar os trabalhos deste executivo? Quais os interesses que moveram o tal sr Sapinho ao realizá-los (não esqueçamos que o tal sr era jurista)?

Agora entendo a necessidade de se trabalhar até altas horas da noite na CMA - perceber o buracão que herdaram e pensar em formas de remediarem estes casos não comprometendo os projectos próprios para o futuro.

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