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Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
Não me responsabilizo pelos comentários de terceiros, uma vez que não faço moderação dos mesmos

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma prenda de Natal

Para os que já não acreditam nos politicos e na politica (e na arte nobre que deveria ser), ontem, houve uma belissima prenda de Natal:

A candidatura à presidência da republica (dos bananas) de
Agora sim!
Num país onde só se mente, em que cada um "desvia" o mais que pode, em que nem se avisa o povo para usar camisinha porque o governo vai exercer mais um impulso sexual, em que (ao contrário do Robin dos Bosques) se rouba aos pobres para tapar o buraco criado pelos ricos....
nada melhor do que o português tiririca!

Com Coelho tiririca
Portugal calado já não fica!

Bora lá pessoal, votando neste candidato, ficamos com a certeza (de uma forma frontal e transparente) de que vamos continuar a brincar aos portugas.
Qual a diferença?
Este diz que isto é uma palhaçada,
os que por lá têm passado têm feito disto um circo!

Não vão dar o voto ao sistema
Gozem com a cara deles e votem no nosso tiririca

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Afinal que é feito deste Manuel Alegre?

Que mudou em Manuel Alegre?
O tom do discurso, a falta de tolerância e até a postura elegante numa politica deselegante.
Passa-se de um tom agradavelmente democrático para uma politica bloquista de ataques pessoais.
Começa a "arranjar-se paciência" para os actos ditatoriais deste PS socrático, apenas porque se precisa do apoio do partido (que, aliás, não lhe tem dado importância nenhuma nesta campanha).
O tom combativo contra este governo nas politicas pouco socialista que tem seguido, mas sempre com elegância politica, marcavam a personalidade forte do deputado que agora é candidato.
Nunca antes se vira Manuel Alegre a fazer ataques pessoais a terceiros, limitava-se a discutir politica e os problemas do país.
Agora, o tom de discurso passa a ser o espelho de Francisco Louçã: ataca todos (à boa moda da politica de 75), dispara em todas as direcções e não acerta uma.
Sinceramente, não gosto de nenhum dos candidatos.
Não apoiaria Cavaco porque acho que ele, depois de ter feito as vontades todas ao Ps nestas 2 últimas legislaturas, tem demonstrado não ser a figura ideal para o triângulo de Sá Carneiro.
Mas, Manuel Alegre, com esta revira-volta , também não nos garante que, sendo presidente, esta sua postura não se mantenha. Ou seja, que para ter aliados se passe a calar em matérias que possam ferir o Ps que agora o apoia.
Mais uma vez se vê que na politica vale tudo: calar-se ao que antes combatia, usar de armas mentirosas para ataques pessoais e fazer uma campanha em que "o verniz" estala com facilidade.
Recordem como era Manuel alegre, até há bem pouco tempo:


Nesta entrevista, Sócrates ainda era um português com algum discernimento

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

EDP PODE SER RESPONSÁVEL POR MAIS UMA CRISE NAS EMPRESAS


Desde há 20 anos que a população da zona compreendida entre Porto de Mós e Alcobaça tem sido vítima da falta de zelo e de responsabilização, por parte da EDP, de sucessivas quebras e alterações de energia eléctrica.
Para além das queixas de muitos particulares, juntas de freguesia e empresas vêm-se queixando e alertando para este problema. A resposta da EDP é sempre de desresponsabilização. Já por 2 vezes referimos as consequências que isso teve para as juntas de Prazeres e S. Vicente. Desta vez, fomos ouvir 2 das maiores empresas cerâmicas de Aljubarrota e responsáveis por centenas de postos de trabalho: ARFAI/IGM e FARIA E BENTO
LD -  Há muitos anos que a freguesia de Prazeres vem a ser afectada com constantes interrupções de fornecimento de energia eléctrica, em que medida é que isso tem afectado a sua empresa?
IGM - Afecta muito porque estas quebras dão-se, em especial, no inicio de cada inverno, época em que temos mais encomendas. Há muita mercadoria que, com as sucessivas alterações de corrente eléctrica, não têm qualquer aproveitamento e , nós trabalhamos com prazos de entrega muito rígidos .
No nosso ramo, esta altura é muito importante pois, andamos muitos meses com pouco trabalho e, nesta altura, entre Setembro e Dezembro, é a nossa época alta
LD -   Já fez participação destas ocorrências à EDP? Que tipo de respostas têm obtido?
IGM - Isto arrasta-se há, pelo menos 2 décadas e são diversas as reclamações que temos feito. Nós fazemos relatórios das quebras de energia. Os nossos advogados enviaram esses relatórios e fotos de peças danificadas, guardamos as peças para que a EDP pudesse confirmar e nunca tivemos uma resposta a todos os apelos e reclamações
LD -   tem conhecimento de mais pessoas e/ou empresas afectadas por esta situação?
IGM - Sim, se quiserem comprovar o que se passa em toda esta zona, qualquer pessoa tem razões de queixa
LD -  As empresas cerâmicas têm feito um enorme esforço para conseguirem manter-se em actividade, esta questão pode levar a mais dificuldades?
IGM - Muitas dificuldades. Temos feito tudo para manter postos de trabalho e a qualidade dos produtos mas somos confrontados com estas situações que só nos trazem prejuízos, já para não falar do aumento do gás e da electricidade…
LD -  Quantas pessoas dependem desta fábrica para viver?
IGM - Directamente, neste momento são 40 mas há que ter em conta os postos de trabalho indirectos
LD -   Se subsistirem estas interrupções consecutivas de energia, estes postos de trabalho podem estar em causa?
IGM - A aposta parece ser a de acabarem com as PME’s e, no nosso Distrito isso pode ser um problema gravíssimo pois parte das empresas estão nesta classe. A população está connosco pois sabe que não se pode correr o risco de mais fábricas fecharem.
LD -   disse, na sua entrevista `TVI que as encomendas de Natal para o estrangeiro podem estar em risco de não serem entregues. Isso não vai prejudicar a imagem da sua empresa?
IGM - A nossa imagem e a tesouraria. O dinheiro destas encomendas é o que permite manter a tesouraria saudável até ao fim do ano e que ajuda a equilibrar nos meses de época baixa.
LD -   qual a percentagem da sua produção que é dirigida à exportação?
IGM - 99% e, aqui, há que realçar o seguinte: A indústria cerâmica utiliza toda a matéria-prima nacional, ou seja, não saem divisas do país nas compras mas, entram divisas quando exportamos. O governo, embora diga que aposta e depende das exportações, não nos dá importância.
LD - Foram já anunciados aumentos de 15% na factura da Edp para as empresas. Olhando para os prejuízos que a EDP lhe tem vindo a causar, qual o seu comentário sobre este aumento?
IGM - Numa crise nacional e até mesmo europeia, isto é absurdo, pois não estimula nem incentiva a produção. Dever-se-iam criar condições que nos permitissem produzir mais para exportar mais e se criarem mais postos de trabalho
LD - No seu entender, qual seria a solução a adoptar, por parte da EDP, para resolver o problema?
IGM - Reforçar a rede que tem mais de 20 anos. Desde lá até agora, vão havendo mais construções e mais empresas e a rede mantem-se igual. Nós precisamos de condições para trabalhar e produzir com qualidade.
LD – Já colocou a hipótese de,  se a situação se mantiver, pedir uma indemnização à empresa fornecedora destes serviços?
IGM - Os nossos advogados já tentaram acordos, já deram, em tempos, entradas de processos mas a EDP nunca quis saber. Em tantos anos e com tantas reclamações nunca se deram ao trabalho de responder. Quase por milagre, e não será, decerto, por coincidência, que depois de ter falado à comunicação social já tenha recebido dois telefonemas dessa empresa e já esteja agendada uma visita à nossa empresa.
LD -   Faça  mais um apelo à Edp para resolver a questão
IGM - Resolvam o nosso problema, nós precisamos de ter condições para trabalhar e manter os postos de trabalho que dependem de nós
Falámos, depois, com o responsável pelas empresas Faria e Bento (Alcobaça) e Icap (Porto de Mós) que, para além de ter reforçado todas as palavras da Arfai, ainda acrescentou mais pormenores:
O problema já se arranca há mais de uma década. Aqui, na Faria e Bento, fomos forçados a adquirir um gerador para colmatar as deficiências do fornecimento de energia mas, pior do que as peças que se estragam são as máquinas que, devido às sucessivas alterações de energia, se estragam. São motores que rebentam, lâmpadas correntemente a terem de ser substituídas, enfim…”
E continua: “As descargas lá em cima na ICAP já me deram imenso prejuízo . Queimou tudo e até o PT tive de mandar substituir. A nossa empresa utiliza toda a matéria-prima e mão de obra nacionais. O produto acabado desta empresa é em 98% para exportação. O que se ouve na comunicação social sobre as ajudas, empréstimos e incentivos aos exportadores não passa de mais uma mentira da lista de sucessivas mentiras em que temos andado a viver nos últimos anos. Estão a tentar eliminar as pequenas e médias empresas…as poucas que ainda conseguem estar a produzir. Esquecem-se que são os poucos trabalhadores ainda em actividade que pagam o desemprego. Que será de nós quando mais empresas fecharem?”
E Acrescenta: “ Como é que empresas se aguentam ( com encomendas em carteira até ao fim do ano e  em que já foram dados valores aos clientes )quando, sem aviso prévio, em Julho vêem alterados os valores na factura do gás? A indústria cerâmica, nos seus diversos ramos, é a maior consumidora de gás deste país. Já estive optimista sobre o futuro da cerâmica mas hoje…..”

Lúcia Duarte in Jornal O Alcoa

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Gonçalo Amaral defende reabertura do processo de Madeleine McCann

O ex-investigador da Polícia Judiciária exige a reabertura do processo de Madeleine McCann depois do arquivamento político.
"Eu acompanhei a investigação, sei o que lá está e sei o que falta fazer e sei que há responsabilidade no desaparecimento, não tenho dúvida nenhuma quanto a isso", afirmou Gonçalo Amaral, o ex-coordenador da investigação do desaparecimento de Madeleine McCann, na Praia da Luz, no Algarve, em Maio de 2007, citado pela Lusa.
O autor do livro 'Maddie - A Verdade da Mentira' falava após o portal WikiLeaks ter revelado um telegrama confidencial do embaixador inglês em Lisboa, de 2007, em que terá admitido ao seu homólogo norte-americano na capital portuguesa que tinha sido a polícia inglesa a encontrar provas contra os pais de Madeleine.
No entanto, Gonçalo Amaral reafirma que "não foi a polícia inglesa que chegou a essas conclusões".
"Não sei de que provas é que o embaixador inglês se estava a referir quando falou com o embaixador norte-americano. Agora, que há fortes indícios da responsabilidade dos pais, há, e foram recolhidos pela polícia portuguesa em cooperação com a polícia inglesa", garantiu.
Em declarações à TSF, Gonçalo Amaral disse sublinhou que "as provas estão no processo há muito tempo e não é nada de novo o que o senhor embaixador parece ter dito a 28 de Setembro". E acrescentou: "O que eu espero é que com isso, o processo que foi arquivado politicamente, seja reaberto".
O telegrama, hoje divulgado pelo jornal espanhol El País, é datado de 28 de Setembro de 2007 e refere-se a um encontro entre os dois diplomatas que decorreu em Lisboa a 21 de Setembro.
Entre vários outros temas, incluindo a Rússia e o Zimbabué, os diplomatas discutiram o desaparecimento de Madeleine McCann, no Algarve, em Maio desse ano, numa altura em que se mantinha grande atenção mediática sobre o assunto.
"Sem aprofundar nos detalhes do caso, Ellis [embaixador britânico] admitiu que a polícia inglesa tinha desenvolvido as provas actuais contra os pais McCann, destacando que as autoridades dos dois países [Portugal e Reino Unido] estavam a cooperar", escreve o embaixador norte-americano no telegrama.
O diploma britânico admitiu ainda ao diplomata norte-americano que a atenção da imprensa era esperada e "aceitável" desde que "os oficiais do governo mantivessem os seus comentários à porta fechada".

económico com lusa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Infelizmente parece que as mentiras continuam...

O nosso governo continua a mentir. Claro que isto não é novidade e tem sido este tipo de situação que, há mais de 3 anos faça com que o primeiro-ministro seja conhecido pelo PINÓCRATES.


Desta vez,  a história é sobre a importância dada às exportações e...ao suposto apoio às empresas exportadoras.
Hoje, infelizmente, apercebi-me dessa mentira descarada. Falei com 2 empresários cerâmicos que se mostraram muito desiludidos com tantas mentiras.
Convém referir que estou a falar de empresas com  99% de material produzido e exportado e que tem centenas de postos de trabalho dependentes deste negócio.
 Os apoios são zero e é mentira os valores que se fala estarem ao dispôr das empresas exportadoras.
Bem, se não é mentira... então...será mais um daqueles apoios que se dirigem a boys para, mais tarde, serem utilizados num outro qualquer país e para depois, os produtos serem vendidos a Portugal...talvez para uma loja de chineses!
O governo não pode mentir e brincar com quem trabalha! Estas e outras empresas fazem uma ginástica para conseguir assegurar postos de trabalho, ou seja, manterem gente a descontar para pagar aos que infelizmente perderam os seus postos de trabalho e ainda a gente que recebe para nada fazer.
Há que incentivar e não deixar desmotivar os empresários que temem pelas consequências das atitudes e opções de politicos que, nunca fizeram mais nada na vida do que viver dos aparelhos partidários e que criam leis sem conhecerem a realidade das áreas em que estão a interferir.
É dificil voltar a pôr de pé um país, onde se deixa continuar a governar os que contribuiram para a sua queda.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Passado ou presente?

Fazendo uma viagem ao inicio da nossa jovem democracia e o percurso que foi seguido até agora sinto que a revolução (salvo o fim da PIDE) só veio estragar Portugal.
Não me interessa o que possam pensar sobre esta minha opinião. O facto é que os políticos não falavam, logo, não mentiam; nada nos era prometido e por isso não criávamos expectativas.

Nós não obtivemos liberdade, obtivemos libertinagem e, isso, estragou os sonhos dos ideias da revolução.
Podíamos até ser escravos do trabalho mas olhávamos para o lado e tínhamos sempre uma solução: uma casa ou um emprego ....
hoje? temos um 1º ministro que prometeu 150000 empregos e....conseguiu a maior taxa de desemprego de sempre!
hoje? Temos as autarquias a quererem melhorar o país com obras necessárias e urgentes mas....temos um governo que prefere um tgv para utilizar num mundial que nem vem para cá!
Antigamente? tinhamos estradas nacionais e, hoje? temos mais autoestrada por m2 do que o resto da Europa mas que....mostra a nossa evolução!
Antigamente? Só se podia tirar a 4ª classe mas sabia-se o percurso dos rios, a tabuada, as principais obras literárias, as dinastias...hoje? Usam-se magalhães e máquinas de calcular e, passa-se pela vergonha de nem saberem os contributos da história para o Portugal que temos hoje. Chega-se ao 12º por rvcc. No meu tempo (e olhem que ainda não sou uma velhota), tirar o 11º era sinal de estudo e perseverança, até porque, os nossos pais, não sendo ricos, faziam enormes esforços para que o pudéssemos concluir.

No entanto, hoje temos o serviço nacional de saúde mas....a funcionar como? Onde uma pessoa que tenha de vencimento mensal 476€ (um luxo, decerto) não tem direito a assistência gratuita porque....tem posses para pagar?
Hoje....temos um sistema de justiça tão perfeito que os juízes se consideram acima de Deus e, com a sua incompetência e com a sua falta de dedicação destroem a vida das vitimas e de inocentes? E em que os advogados olham primeiro para as notas de 100€ antes de olharem para o processo que lhes é entregue?

Mas parece que nem se olha para tudo isto. O que interessa são os números que nos são impostos por quem nem é português e nem suou para que Portugal seja uma Nação. Razão tinha Salazar quando dizia que Portugal tinha de produzir para os seus gastos internos (o que ele não sabia era que iria aparecer um Sócrates com uma turma ás costas que, pensava que isto era um poço sem fundo).
O que interessa é que as bestas que trabalham, o continuem a fazer para bem "da Europa" e....dos que enchem os bolsos com os nossos sacrifícios

Entrevista do jornal O alcoa ao Presidente da Junta de Coz

Álvaro Joaquim Loureiro Santo é o presidente da Junta de Freguesia de COZ. Tem 51 anos e cumpre o seu terceiro mandato, tendo sido reeleito como independente, incluído na lista “Independentes por Coz”.

Nasceu em São Tomé e Príncipe, mas veio para Coz ainda com a tenra idade de 2 anos. Chegou em Abril e fez 3 anos de idade em Julho. O pai era da Póvoa e a mãe dos Montes. Álvaro Santo fala-nos com muito entusiasmo das coisas da freguesia e também do concelho. Acompanha com o maior interesse o jornal O ALCOA, até pelo facto de ter sido aluno do Dr. Mário Vazão.

Poderia começar por falar-nos da agricultura ou da riquíssima história da freguesia de Coz, mas deu prioridade à zona industrial do Casal da Areia, na medida em que o mundo contemporâneo não se compadece das carências de trabalho e é na zona industrial da freguesia que se encontra a resposta para o desemprego que flagela as nossas gentes. Coz tinha diversas serrações de madeira, muitas fábricas de loiça artística e uma actividade empresarial artesanal exemplar há alguns anos atrás, mas as coisas têm piorado, embora algumas empresas e artesões ainda resistam.

CASAL DA AREIA

Contudo, é no Casal da Areia que se centram as fábricas de loiça, serralharias, conservas, decorações, fábricas de vidros e cristais, brinquedos e utilitários para parques, materiais de precisão e ferramentas, materiais de construção, recolha de resíduos e reciclagens, para além de serviços vários e actividade de restauração. Esta zona tem a mais-valia do progresso e do emprego gerado.

AGRICULTURA

Depois desta referência, passou então à agricultura, um tema que lhe é grato, tanto mais que hoje se começa a regressar às origens e a apreciar mais a arte de cuidar dos campos. E a freguesia é uma prova disso, pois já não se vêem tantos terrenos abandonados. É certo que da agricultura não vem muita riqueza material, tendo sido notório um declínio no fim do século passado, mas começa a haver algum interesse pela agricultura biológica e a fruticultura ainda é expressiva na freguesia, bem como alguma vitivinicultura. Também há na freguesia três pecuárias que se mantêm activas e chegou a existir uma conceituada feira de gado na Senhora da Luz. Curiosamente, a feira dos frutos secos e pinhões ainda se mantém activa nos dias 16 e 17 de Novembro, sendo no dia 17 a festa religiosa. O santuário está relacionado com a lenda do milagre da Fonte Santa, cujas águas tinham propriedades milagrosas. Aí está sepultada Catarina Annes, bafejada pelo milagre em 1601.

Santuário de Nossa Senhora da Luz

FESTAS E ROMARIAS

Para além das festas da Senhora da Luz já referidas, existem outras festividades nos principais lugares da freguesia: Castanheira (em honra de Santa Marta); Póvoa (Senhora da Graça) e Coz (festa da Ascensão; festa do Espírito Santo; festa do Corpo de Deus e festa de Santa Eufémia). O Casal da Areia tem festa em fins de Agosto. Em alguns casos as associações têm os seus próprios eventos festivos.

As associações são as seguintes:

Associação Recreativa, Cultural e Desportiva do Casalinho

Centro Desportivo e Cultural do Casal da Areia

Associação Desportiva e Cultural de COZ

Associação Recreativa Povoense

Associação Recreativa Desportiva e Cultural Castanheirense

Na Castanheira e na Póvoa, as associações têm uma secção dedicada ao desporto das motos.

Também há um Clube de Caça, Pesca e Tiro, da Freguesia de Coz.

De referir ainda o Centro de Bem Estar Social da freguesia de Coz.

LUGARES DA FREGUESIA

Para além da sede de freguesia em Coz, destacam-se os seguintes lugares: Alqueidão, Alto Varatojo, Casal da Areia, Casal do Resoneiro, Casalinho, Castanheira, Moinho da Mata, Pomarinho, Póvoa, Vale do Amieiro e Varatojo.

Artesanato de Coz

A freguesia multiplica-se por uma área rural superior a catorze quilómetros quadrados e possui também a área industrial do Casal da Areia a que foi dado destaque em epígrafe. A população ultrapassa os 2.400 habitantes.

RIQUEZA MONUMENTAL

O mosteiro de Santa Maria de Coz merece uma referência de destaque no final deste apontamento, mas há outros elementos a mencionar como a Ermida de Santa Rita (que possui o brasão de Cister com as armas reais), datando do século XVII (1673); a Igreja matriz (actualmente designada por Igreja de Santa Eufémia), datada do século XII (1180); o mosaico do “Rei de Coz” (actualmente no museu Leite de Vasconcelos) datando da era romana; a igreja de Santa Marta no lugar de Castanheira (construída no século XVIII; a Capela de Nossa Senhora da Graça, no lugar de Póvoa e o santuário de Nossa Senhora da Luz.

Bastaria a riqueza monumental mencionada antes para que a freguesia de Coz pudesse orgulhar-se do seu património histórico.

Trata-se de uma freguesia fundada pelos fenícios, sete séculos antes de Cristo. Foram eles que deram o nome a Coz. D. Manuel I deu-lhe o foral em 1514.

Porém, ainda há mais outra referência que honra de forma incondicional a freguesia. Trata-se do mosteiro de Santa Maria de Coz, sobre o qual existem centenas de escritos de antologia, a par de programas de TV, de repercussão internacional.

MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE COZ

O mosteiro de Santa Maria de Coz é o segundo convento mais antigo, mandado construir em 1279 para mulheres viúvas que levassem uma vida piedosa. Foi habitado até à extinção das ordens religiosas em 1834. Está classificado como Edifício de Interesse Nacional e é procurado por turistas nacionais e estrangeiros que nos visitam, deslocando-se a Coz e saindo desiludidos por não terem, actualmente, um guia que os oriente na visita.

Havia um pacto com a Câmara Municipal no sentido de termos um guia, mas desde Maio que tudo acabou, perdendo-se a oportunidade mais interessante para mostrarmos com dignidade o nosso mosteiro. É uma pena que não tenhamos podido oferecer aos turistas o nosso legado histórico a par de todo o nosso património artesanal, que foi produto do “Projecto Mais”.

O presidente da Junta de freguesia concluiu a este propósito: “- Bem sei que agora é mais difícil de conseguir alguém no Fundo de Desemprego”. Antes era mais fácil. Bastava ir a Alcobaça e conseguia-se uma pessoa desempregada. Agora, com a Internet (que deveria ser para facilitar) as coisas estão mais dificultadas. Porém, deixo aqui o meu apelo à Câmara Municipal pedindo apoio para 2011, neste sentido”.

O convento de Coz é um monumento legendário, classificado como edifício de Interesse Nacional.

(com muita pena minha não consegui introduzir as imagens)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

entrevista a Amilcar raimundo, Presidente de S. Vicente de Aljubarrota

Aljubarrota é, por excelência, um grande contributo para a nossa história. Outrora sede de Concelho, hoje divide-se em duas freguesias: Prazeres e S. Vicente.
Nesta edição coube a Amilcar Raimundo, Presidente da Junta de S. Vicente, dar o seu contributo para conhecer melhor as terras de D. Nuno e da Padeira
LD - Como era S. Vicente, a nível  turístico, urbanístico e cultural, quando tomou posse como Presidente de Junta?
AR – Eu quando tomei posse como presidente de Junta foi há 12 anos mas tive um trabalho de preparação de outros 12 como secretário da Junta e, portanto tive de preparar o terreno todo para, depois, entrar como presidente de Junta mas, não como anfitrião porque, nestas coisas não há anfitriões. Há pessoas boas, pessoas má…. Eu como sou uma pessoa assim----  -assim, preparei o trabalho mas é um trabalho longo, difícil e que ainda não está concluído… e, nem sequer está ainda a 50%. O trabalho não depende só da Junta, depende de toda a estrutura politica, económica, financeira…Tudo depende dessas situações!
E, de maneira que, a pouco e pouco, vamos indo com o apoio da Câmara, de algumas entidades, de terceiros, da população… Temos de ter em conta que é a parte principal!
Quando estou a falar nisto, estou a falar do turismo, pois se não houver colaboração da parte dela, não pode ser só as juntas e as Câmaras a dinamizar as coisas, há que contar com a colaboração das pessoas.
LD - Como era S. Vicente há 12 anos?
ARS. Vicente, há 12 anos, é tal e qual como é agora porque veio um senhor chamado Miguel Guerra que, com o PDM, congestionou toda esta estrutura da urbanização. Foi um PDM feito à pressa e em cima do joelho, As freguesias de Aljubarrota são das mais penalizadas, e está tudo limitado na construção – os jovens querem construir nos terrenos que herdaram e não têm hipótese nenhuma, de maneira que, desde lá até aqui, andamos nesta luta terrível. É uma questão de fazer a remodelação e rectificação do PDM mas temos a promessa do Presidente Paulo Inácio de que, em Junho isto vai à praça pública. É preciso muito esforço e muita tarimba para se conseguir isto. E as pessoas são vítimas desta situação!
Eu concordo que, em algumas situações haja algumas restrições em termos de construções: é inadmissível que se faça uma casa isolada, em determinado sitio, a seu belo prazer, e que , depois, caia tudo em cima da Junta e da Câmara para fazer as infra-estruturas. Tem acontecido, ramais, alcatroamentos, edp e telecomunicações de 200m e depois, investe-se muito dinheiro em prol de uma pessoa só. As coisas têm de ser rectificadas mas de uma forma controlada.
LD – suponho que considera Aljubarrota um potencial pólo turístico do Concelho… quais os pontos que acentuaria e o que recomendaria? O que é que temos em S. Vicente que possa contribuir para o pólo turístico e o seu incremento?
AR – Analisando a freguesia toda num todo, temos muitas coisas que, de facto, merecem fazer parte integrante do roteiro turístico. E vou nomear algumas: temos a Ribeira do vale do Mogo onde, em algumas partes, o homem ainda não entrou e em que a natureza estará, ainda, tal como surgiu – é um espectáculo! – quem gostar da natureza, do ambiente rural e de de  integrar, ali há uma natureza que se vê que ainda não foi mexida!
Independentemente de estas obras do IC9 estarem a prejudicar, de certo modo, algumas destas coisas…. Mas, no fim dela estar feita há-de minimizar-se estes impactos.
Por outro lado, temos o património religioso, que é um património ex-libris da Freguesia: S. João (capela antiquíssima), capela das Senhora das Areias e estamos a falar de património que remonta a 1500/1600, capela de Casais de Santa Teresa, Ataija de Cima e de Baixo….Tudo podia fazer parte do roteiro turístico de Alcobaça porque. É rara a freguesia que, em cada localidade, tenha uma capela.
Todos os eventos e todas as festividades se fazem à volta destes monumentos religiosos e históricos.
LD – A sua população é muito dada a apoiar a Junta de Freguesia quando se pensa em realizar uma obra?
AR – Quando se começa uma obra e se precisa do apoio da população, a Junta propõe a ideia e as pessoas colaboram da forma que podem. E estamos a falar em alguns particulares. Quero realçar o Sr Luis da Graça, que tem sido um benemérito para a Junta de Freguesia. É formidável em tudo: apoio de máquinas, abertura de caminhos. Por exemplo, na Ataija, os espaços urbanos requalificados. Se não fosse ele, grande parte disto não teria sido possível. Nós fizemos o que pudemos: uma homenagem a este benemérito , sempre pretável e colaborante – tem sido uma mais-valia para a Freguesia! E como ele há outros…
LD – Considera que os cortes impostos pelo governo central podem limitar o crescimento da freguesia? Em quê?
AR – O FEF vai ser reduzido. Além disso, também a CMA vai receber menos dinheiro…isto implica menos obras. Todos sofremos com esta situação! A CMA tem o seu plano para aprovar mas deve estar um bocado congestionado mas deve ser limitado, devido à crise e à situação económica.
LD – Vai acontecer o mesmo com o orçamento da Junta de S. Vicente?
AR – Claro, como é evidente!
LD – A freguesia já encontrou soluções para fazer face a estes cortes?
AR – A freguesia não tem recursos nem meios para fazer face a esses cortes. Mas, de qualquer modo, estamos numa contenção absoluta reduzindo aos mínimos as despesas mensais. Só assim conseguimos controlar as poucas receitas que temos.
LD – Mudando de assunto, a Medieval de Aljubarrota, este ano não foi um sucesso, não vou perguntar porquê, vou perguntar em que medida é que o Presidente da Junta de S. Vicente, sendo parte integrante de um evento onde deveria mobilizar a população, pode influenciar (junto da CMA), para que isto volte a ser “ a Feira Medieval de Aljubarrota”?
AR – Esse é um assunto muito complexo! A cma organiza, promove e contribui. É evidente que as 2 Juntas fazem parte integral desta conjuntura. De facto, este ano, não correu bem nem correu mal mas correu assim-assim, porque as pessoas também estão sempre à espera do apoio total da Junta e da própria Câmara. O que acontece é que, as partes integrantes nestas organizações também têm de se mobilizar um bocadinho…
LD – E essas pessoas são chamadas?
AR – Essas pessoas não foram chamadas mas têm de ser chamadas e tem de lhes ser dito isto! Se houver um bocadinho de colaboração de todos . reconheço que a animação falhou a 100%! Não foi organizada para corresponder a todas as partes. Se hovesse mais 2 ou 3 grupos, as coisas colmatavam-se… como aconteceu há 2 ou 3 anos!
LD – todas as localidades das 2 freguesias têm capacidade para produzir animação cultural. Porque é que, até hoje, nunca nenhuma das colectividades foi chamada para contribuir nesse aspecto?
AR – Nunca foram incentivadas para isso e não houve uma iniciativa da nossa parte em pressionar a própria a CMA a fazê-lo.
LD – Vamos mudar isso em 2011?
AR -  Vamos entrar numa nova fase. Está falado… está controlado.
LD – Uma das criticas que mais ouvi foi que, numa altura em que a feira deixa de ser franca, ou seja, se começa a pagar, é exactamente na altura em que a feira medieval falha. As Juntas beneficiaram com este pagamento?
AR – Nada. Isso foi para a organização! Agora começo a defender o pagamento de um valor simbólico na feira, evidentemente para as pessoas que vêm de fora…
LD – Ou seja, defende o pagamento desde que as estruturas sejam implantadas…
AR – evidentemente…
AD – Se lhe pedisse para vender turística e culturalmente Aljubarrota, que slogan utilizaria?
AR -  “Aqui se afirmou Portugal”
(in Jornal O Alcoa)