Há coisas que , por muito que tentemos, nunca conseguiremos entender:
Quem queira abrir um estabelecimento comercial tem regras a cumprir, umas lógicas, outras nem tanto. Há que ter um programa de facturação (devidamente licenciado) e com ligação ao site das finanças; tem de pagar segurança social (com valores superiores ao trabalhadores por conta de outrem) mas sem direito a baixa ou a licenças de parto; está sujeito a horário de porta aberta, paga valores exorbitantes de taxas de resíduos sólidos (grande parte nem sequer utiliza esse serviço), as taxas de água e luz são mais caras e nunca se sabe se tudo está de acordo com "os mandamentos da ASAE".
Agora vejamos o caso de lojas e armazéns de chineses:
Muitos apenas têm uma máquina registadora e raramente passam factura. Quando o fazem, é vulgar ver que o software está em chinês. Ou seja, não sei o que foi facturado, a que taxa de IVA, etc, etc, etc.
Imaginem se se lembram de nos facturar produtos ilícitos e nós nunca teremos a possibilidade de nos defendermos de uma acusação.
Por outro lado, imaginem se a ASAE se lembra de entrar numa loja portuguesa e que, por qualquer eventualidade, nesse dia fomos obrigados a levar um filho de colo para esse local de venda. O que fariam se nos vissem a trocar uma fralda em cima do balcão enquanto atendíamos um cliente? e se nos vissem a dar comer à criancinha no meio de cuecas, berlindes e pratos? E que fariam se a mercadoria exposta não tivesse os preços devidamente marcados?
Claro que isto numa loja de comerciantes portugueses seria impensável mas, então, porque a ASAE não visita lojas e armazéns dos chinocas onde isto é o dia-a-dia (e não digam que não o é porque basta ir a um armazém em S. Jorge, mesmo em frente ao Rino e Rino)?
E será legal morar dentro da loja no local em que, supostamente, deveria ser um armazém?
Bom aí, basta dar a volta à maioria das lojas e armazéns dos chineses!
Caros amigos, temos duas hipóteses: ou mandamos o comercio português à fava e passamos a fazer "como alguns" e a viver do rendimento mínimo ou vamos a um cirurgião plástico e pedimos para nos colocar os "olhos em bico".
Claro que, mesmo assim, para competirmos com os chineses, teríamos de abolir os direitos no trabalho, a protecção na saúde e teríamos de começar a explorar os trabalhadores para conseguirmos produtos mais baratos mas, pensando bem: não é isso que o governo português nos está já a fazer?
Será que estão a pensar em nos dar "as regalias de fugir às leis" tal como dão aos chineses?
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