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Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
Não me responsabilizo pelos comentários de terceiros, uma vez que não faço moderação dos mesmos

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Viva a sociedade civil!

Hoje, mais uma vez, sinto orgulho de ser portuguesa. A sociedade civil (gente com muito pouco) mobiliza-se para ajudar os que têm muito pouco para sobreviver.
Em algumas zonas, a Igreja também se mobiliza para esse efeio. Infelizmente...em muito poucas zonas!
É estranho se atendermos ao facto de Jesus Cristo ter repartido o pão e a água...
Hoje, a maior parte dos que "legitimamente" apregoam os Mandamentos de Deus e se consideram apregoadores de Cristo vivem para fazer politica, opinar sobre assuntos sobre os quais não têm a minima vivência, ignorar as necessidades dos fieis, dar mais importância aos bens terrenos do que aos espirituais, etc, etc, etc.
Parece que o "somos todos iguais perante Deus" é algo esquecido para os padres "profissionais".
Já lá vão os tempos em que se sacrificavam cultivando terrenos, ajudando os mais necessitados e fazendo a liação entre o Céu e a Terra.
Outros tempos, outra forma de ver a necessidade da divulgação do Cristianismo!
Que bom seria ver certos "funcionários" da Igreja a movimentarem-se a favor dos carentes e desprotegidos das suas paróquias!
È por isso que cada vez há menos crentes...
Viva a sociedade civil atenta e solidária!
Eu ainda sou do tempo em que....

12 comentários:

Jorge disse...

Cordiais saudações
Ao contrário da Lúcia, eu neste momento, não me sinto assim tão orgulhoso, em ser português.
Já dizia El-Rei D. Carlos I, ao seu amigo escritor e jornalista Raul Brandão, referindo-se a Portugal e aos portugueses “um país de bananas, governado por sacanas”. Esta frase está hoje tão actual, como à data em que El-Rei D. Carlos I a proferiu. Pela parte que me toca, recuso deixar-me ser comido por banana, daí, neste momento, o meu pouco orgulho em ser português .
Quanto ao que explicita no seu segundo parágrafo, que, por sua vez irá condicionar o restante texto da sua postagem “ Em algumas zonas, a Igreja também se mobiliza para esse efeio. Infelizmente...em muito poucas zonas!”, a Lúcia está muito, mas mesmo muito enganada.
Se a Igreja Católica, outras confissões religiosas e ONGs, espalhadas por todo o território nacional, não tivessem dado uma forte ajuda, às situações de pobreza visível ou encoberta, socorrendo os mais necessitados, já teríamos tido duas Vilafrancadas, cinco revoltas Maria da Fonte e dez Abriladas.
No dia em que este povo sentir fome à séria, não vai haver nada que o cale, nessa altura haverá tumultos nas ruas, desordem pública e muito sofrimento, com todos os custos sociais e materiais que essa revolta implica.
É esse o ponto a que todos devemos estar atentos, temer e evitar, porque com a revolta dos que já nada têm a perder, quem mais perderá, serão aqueles a quem alguma coisa ainda resta.
Ajudando desde já os que mais sofrem, com aquele pouco que nos não irá fazer falta, e que é imprescindível à sobrevivência humana de outros, (sem brincarmos à caridadezinha), estamos a ajudar-mo-nos a nós próprios.
Esta nossa ajuda de cidadãos conscientes e esclarecidos, deverá ser canalizada através de instituições credíveis, que se encontram no terreno, sejam elas promovidas pelo Clero, Leigos ou ONGs.
Para lhe demonstrar que a Igreja não está quieta, pergunto-lhe:
Esqueceu-se ou não sabia, que, o trabalho caritativo da Igreja, se pode consultar na internet.
- Caritas – Wikipédia, a enciclopédia livre
- Banco Alimentar (ver História do BA Lisboa)
Fundado por:
- Comandante José Vaz Pinto
- Engº. Manuel Ferrão de Lancastre
- Padre António Vaz Pinto
Hoje o banco alimentar além dos católicos, tem a trabalhar no voluntariado outras confissões religiosas. (crentes e não crentes) Todos juntos na ajuda aos que mais precisam.

Jorge disse...

(Continuação)
- Sociedade de São Vicente de Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre
- Dioceses há, em que, o clero doou um mês do seu vencimento, para constituir um fundo de ajuda aos cidadãos que mais necessitam. Prevêem os Bispos, a possibilidade de no futuro aumentar este fundo agora criado, com o valor de mais um mês de vencimento doado pelo clero.
Foi esta Igreja, que a Lúcia agora contesta, e cujo comportamento põe em causa, a responsável por criar inicialmente à revelia do Estado Novo, instituições que acabaram por chegar aos nossos dias.
- Centros Sociais e Paroquiais, que trabalhavam com o apoio de uma Assistente Social, e posteriormente se vieram a transformar em CENTROS DE DIA PARA IDOSOS, CRESCES e ATLs.
- Muitos dos lares que hoje existem pelo país, são fruto do trabalho de PADRES e das paróquias.
E porque a falta de instrução, também ela é um motivo de pobreza, quem é que nas grandes cidades, após a implantação da República e posteriormente durante o Estado Novo, construiu escolas nas suas próprias instalações, para que os filhos de gente pobre pudesse estudar até à 4ª classe. (Estou a falar de bairros pobres da cidade de Lisboa, em que coexistiam com estas escolas, outras chamadas de Centros Escolares Republicanos, além da escola do Estado Novo, uma por Freguesia).
Como pode a Lúcia ver pelo que atrás foi dito, a instituição que tão mal trata nesta sua postagem (IGREJA) através do Clero (penso que não seja anti-clerical), é a mesma que luta com os meios que tem, também contra a pobreza, (por um lado denunciando as injustiças sociais, a que está obrigada pelo seu dever de missão, por outro exercendo a função caritativa, utilizando para o efeito, os parcos recursos que as paróquias possuem, que corresponde à dádiva dos seus paroquianos).
No meio deste grande rebanho, que é a Igreja Católica, haverá sempre ovelhas ranhosas, provavelmente sim, servirá para confirmar a regra, não se pode é por isso, meter todos os seus crentes ( Clero e Leigos) dentro do mesmo saco. “Uma árvore estragada, não estraga por si o pomar”.

Com os melhores cumprimentos
Jorge Alves

Unknown disse...

Acha mesmo que os padres devem ir semear "batatas" para ajudar os pobres?

Tem a certeza que a solução passa pela caridadezinha?

Parece-lhe mesmo que a solução é apolítica?

Lúcia Duarte disse...

olá Joel
Eu sinto orgulho em pertencer a um povo que, mesmo sofrendo com a governação dos "sacanas", sabe ser solidário. E ao que o amigo chama caridadezinha, eu chamo solidariedade . É bom ainda nos comovermos com os que têm menos do que nós (material ou afectivamente) e repartirmos o pouco que temos com ele.
Quanto aos sacanas e aos bananas: então Portugal está minado de bananas que elegem sempre os mesmos sacanas. Lutei muito tempo para que as pessoas votassem em projectos e não em caras mas, infelizmente, nem os projectos são colocados em prática quando os "sacanas" conseguem os "jobs".
(continua)

Lúcia Duarte disse...

Agora vamos à história da igreja: desculpe mas não posso estar de acordo consigo.
Respeito o trabalho de alguns párocos (infelizmente são a minoria) e outros pastores religiosos mas vou dar-lhe exemplos (infelizmente bem perto de nós)que me fazem descrer, em especial, na religião cristã.
Viu algum pároco, aqui pelas redondezas a criar um banco alimentar local? (por exemplo, o Juncal fê-lo). Quem organizou uma ceia de Natal para os mais desfavorecidos ou, simplesmente para quem vive só? Foram os católicos? Não! foi a Igreja Evangélica (felizmente)
Agora, vou contar-lhe iniciativas "altamente solidárias" de gente que vive à custa da Igreja, ou seja, à custa dos crentes:
(continua)

Lúcia Duarte disse...

Que pensar de um padre que, há 40 anos atrás, tomou como missão ajudar a gentes de 2 freguesias do concelho de Alcobaça e....
Apareceu montado numa pasteleira e acaba a trocar de carro todos os anos? Sempre o último modelo Golf (mas mantendo sempre a mesma cor para ludribriar os crentes que o ajudam a pagar)...
Alguém que diz não ter feito voto de probreza e que vive numa fastosa casa paroquial, rodeado de todas as mordomias? Que "explora" um mini Hotel e em cuja adega chega a fazer festanças com o vinho que lhe é dado para a celebração das missas? Que recebe terrenos em testamento ( doados à igreja) e que tem a lata de "os vender" para que a Santa Casa da Misericórdia possa erguer um lar para ajudar idosos e suas familias? Que cobra 10€ por uma missa por almas e que nem se digna a dizer o nome delas?
(continua)

Lúcia Duarte disse...

Mas não ficamos por aqui:
Que dirá de quem, em nome da caridade vai para uma missão em Angola (para ajudar os que sofrem com falta de tudo) e se aloja num hotel de 5 estrelas? Que acha dos que se aproveitaram da Igreja que Sofre para os deixar a sofrer mas a deixar, ele próprio de sofrer?
De quem diz ter criado uma fundação para ajudar quem passa fome e tem, como primeira preocupação, chamar a comunicação social para o "proclamar"?
Quem me garante que isto não acontece nas instituições que deu como exemplo?
E mais: o que tem feito o padre Melissias com a choruda pensão que aufere? Ajuda os que vivem com menos de 200€ mensais? Ajuda os que por terem sido trabalhadores por conta própria (com descontos superiores aos demais trabalhadores) nem têm direito a protecção social?
Por isso, que se levantem as vozes dos descontentes, dos carentes e dos que passam realmente fome. Pode ser que, com a revolta de todos eles e dos que com eles estão solidários, se encontre, finalmente....uma solução para "este país de bananas governado por sacanas"
Abração

Lúcia Duarte disse...

Olá Carlos, benvindo
Tal como disse ao Joel - isto não é caridadezinha, é solidariedade.
Qual o problema de os pares irem plantar batatas para ajudar os pobres? Os monges nao cultivavam? e os padres serão seres superiores que não possam sujar a batina?
Tem dó!...
O mal deles foi nunca terem feito nada e terem vivido à custa das crenças dos outros, tal como os que vivem eternamente a viver à custa de subsidios, fingindo nada terem mas vendendo (nas nossas barbas) produtos de contrafacção, sem pagarem impostos...
Politica? Apolitica? Não importa! É uma questão de mentalidade e da falta de querer mudar!

Jorge disse...

Cara Lúcia Duarte,
Por muito que me custe ter de aceitar, já não tenho tempo, idade ou pachorra, para me perder em considerandos com filosofias de patriotismo, ou portuguesismo.
Sou português porque nasci em Portugal, e para mim esse facto não é por si nem motivo de orgulho nem de tristeza, ponto final.
Faço parte de uma geração, provavelmente por ter vivido 1/3 da sua esperança de vida em ditadura (Estado Novo), e os problemas da guerra da colonial, (passei à disponibilidade em 1 de Junho de 1974, após cumprir seis anos de serviço militar), deu imensa importância e criou grandes expectativas com o 25 de Abril, o advento da democracia.
Os primeiros anos de democracia, foram ricos. Tivemos políticos competentes (os constitucionalistas), elaboraram uma constituição que até hoje nos não envergonha, posteriormente vieram os deputados da Assembleia Legislativa, cuja competência legislatura após legislatura, se tem vindo a degradar.
Esta degradação é proporcionalmente directa, da falta de qualidade que se encontra nos partidos políticos, “boys” partidários sem experiência de vida mas que parecem ter capacidade para nos tramarem a nossa vida.
Políticos com (P) grande, ESTADISTAS como já tivemos no passado, já não se encontram disponíveis para correr com a canalhada vigente porque sabem que os garotos armadilharam toda a coisa pública.
Há dias ouvi um Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge à “La cão”, querer alterar o número de representados na Assembleia da República, sem falar da necessidade de alteração do método de D’hondt também conhecido pelo método dos quocientes.
Esta via de reduzir o número de deputados parlamentares, pode ser a forma encapotada de garantir as maiorias parlamentares unicolores, que suportam governos, evitando para o futuro as consequências desagradáveis das moções de rejeição, pelo desaparecimento dos pequenos partidos.
Assim, e por tudo o que atrás escrevi, julgo ter ficado claro que eu também luto, mas a minha luta acaba por ter limites, quando já não sei em quem confiar para a governança do meu país.
É absolutamente necessário tirar de lá os “Sacanas” e dar dignidade aos “Bananas”.
Mas como?
Onde estão os ESTADISTAS ?
Em quem devemos confiar?

Jorge disse...

Em relação à segunda parte da sua resposta:
Também eu quando entre parênteses escrevi (sem brincar à caridadezinha), me estava a referir à solidariedade, e acredite, não é solidário quem pode (do ponto de vista material), mas sim quem quer ser solidário. (Dar, sem ser interesseiro, sem nada esperar receber em troca, partilhar com o outro algo, que me não faz falta, e para ele é indispensável).
Do meu ponto de vista, o ser solidário para com o outro, é exactamente o oposto à caridadezinha.
A solidariedade, já não é só um valor cristão, pois há muito que se transformou num valor universal, por isso não tem dono nem pátria.
Em relação à pessoa de que fala, talvez não a conheça bem, dito de outra forma talvez eu a conheça mal, pois tenho sobre ele uma opinião até favorável .
Nem tudo o que se diz é verdade, quando se pretende destruir a imagem de alguém, em regra inventasse, já lá diz o poeta “P’ra mentira ser segura / E atingir profundidade / Tem que trazer à mistura / Qualquer coisa de verdade” .
Sei que é bem intencionada, por isso não acredite em tudo o que lhe zumbem aos ouvidos.
Melhores Cumprimentos
Jorge Alves

Jorge disse...

Correcção:
Onde escrevi moções de rejeição, deveria ter escrito moções de censura.
Peço desculpa pelo lapso
Jorge Alves

Lúcia Duarte disse...

caro Jorge
Se há defeito que não tenho é o de falar sem me ter certifcado da verassidade dos factos.
E não não falo de uma mas sim de duas pessoas. Das que abusam da caridade e da solidariedade dos outros para se auto-promoverem
abração