Eu, hoje, e provavelmente, tal como eu milhares de portugueses, tenho vergonha de ter dado o meu voto para que Cavaco Silva tenha sido eleito como "presidente de todos os portugueses".
Hoje, ao não ter marcado presença na despedida ao Nobel Saramago, mostrou ser apenas presidente dos que partilham as suas ideias ultra-conservadoras. Mostrou o desrespeito pelos agentes da nossa cultura literária, do povo que gosta de Saramago (ou que pelo menos lhe reconhece valor e o respeita).
Cavaco não tinha de estar presente como homem mas como REPRESENTANTE MÁXIMO DOS PORTUGUESES.
Mostrou ser elitista e usar o seu posto para mostrar as suas convicções e animosidades pessoais.
Já o fora na atitude que teve no caso da aprovação do casamento entre homossexuais.
O presidente, se for um PRESIDENTE tem de exprimir e representar todas crenças e ideologias porque Portugal, felizmente, pode ter várias.
Os Reis de Espanha enviaram à esposa de Saramago um telegrama de condolências. Cavaco....manteve-se de férias (à nossa custa, claro!)!
Agora percebe-se porque Saramago, embora nunca esquecendo Portugal e continuando a defender ao seu povo, sentiu que Espanha lhe dava Paz e Valor.
Cavaco Silva, como presidente, não nos representa e conseguiu levantar a polémica. Divide os portugueses quando o seu papel deveria ser o de moderador e de garante de representatividade de todo o povo português. Cavaco é o presidente que representa a defesa da desigualdade , o elitismo mas que, vai tendo jogo de cintura para se manter no poleiro mais 5 anos.
Nunca teve coragem para fazer frente ao governo enquanto se esbanjava dinheiro e se caminhava para a crise (apenas veio, depois, dizer que era insustentável) mas teve coragem para mostrar que discordava com a liberdade sexual de alguns portugueses.
Cavaco deve ir para casa, repensar os seus valores e as necessidades dos portugueses e mal será se voltar a ser presidente....
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