Eu estou muito mais descansada sobre a qualidade escolar, pedagógica e cultural das nossas crianças. No futuro serão, decerto, alunos da Independente.
Imaginem : eles tinham (prova do 4º ano) perguntas demasiado dificeis (mas, felizmente, podiam levar máquinas de calcular para as auxiliar:
1 - Quanto são 8 a dividir por 4? (isso, no meu tempo aprendia-se entre a 1ª e a 2ª classe e não havia máquinas de calcular. Bem, e se nos atrevessemos a contar pelos dedos, levavamos com o ponteiro)
2 - perante 2 relógios (pelo menos não eram digitais), um marcando 10h e outro 10h25m, perguntava-se qual o período de tempo decorrido entre ambos (temo que, perante a dificuldade da questão, as nossas criancinhas não tenham respondido acertadamente).
Claro que eu já nem tinha esperança que existissem perguntas, por exemplo, sobre as dinastias que nos regeram, sobre os caminhos de ferro (dado que o tgv ainda não consta da história), sobre a localização dos países num mapa (basta aceder ao google no magalhães).
Eu percebo que os politicos necessitem de manter a população inculta para os poderem enganar mas.... começar de pequeninos? Tenham dó!
já não basta a quem tinha a antiga 4ª classe (que, em conhecimentos equivaleria ao actual 9º ano) conseguir, em cerca de 1 ano (se se der ao trabalho de se aprumar) chegar ao 12º apenas por processos de RVCC (Reconhecimento Verdadeiro de Conhecimento por Cunhas).
Eu sei que a Independente necessita de alunos nos próximos anos e que, o 1º ministro para agradecer o facto de ser engenheiro por fax, tenha de arranjar uma solução para esta "universidade" mas.... precisava de começar a recrutar as criancinhas entre os 6 e os 9 anos?
O próximo passo a implementar no ensino básico será, decerto e a curto prazo, criar uma disciplina obrigatória de formação de politicos (de preferência em troca da História de Portugal).
Hoje estou radiante porque tenho plena consciência da qualidade de profissionais que vamos ter daqui a 20 anos (felizmente já não devo assistir a isso).
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