A Igreja portuguesa parece ter descoberto a fórmula mágica para combater os problemas sociais que devastam a nossa população: os políticos católicos deveriam dar 20% dos seus vencimentos para obras sociais.
Dei comigo a pensar sobre este assunto e cheguei a algumas conclusões:
Os políticos vão deixar de ser católicos. E eu até acho justo!: Então logo eles, que tanto produzem iam prescindir de proventos? Logo eles que dão dinheirinho à TAP e à ANA (pois são os únicos com verba para viajar em classe vip), e às empresas de pneus (tal o gasto que lhes dão em viagens de....trabalho !? ). Que injustiça estaríamos a cometer para com estes trabalhadores que, suadamente, se cansam a gastar o dinheiro dos nossos impostos....
Católicos ou não, os nossos políticos ganham mal para tanto trabalho que têm e para o muito que contribuem para o desenvolvimento do país.
Agora falando sério: o tal sr da igreja queria que os tais 20% fossem directos às paróquias para ajudar a comunidade local. O homem faz parte da mesma escola de Sócrates? Vive em que país? E em que realidade paroquial?
Eu até o convidava a conhecer algumas paróquias onde o pároco, devidamente cristão e não politico, é mesmo muito solidário! Com quem? Com a própria carteira!
Não vou dizer qual a (as) paróquia (s) mas, tenho certeza, que quem ler os exemplos que dou, saberá decerto a quem me refiro:
1- entra a cavalo numa bicicleta pasteleira. Anos depois, compra um veiculo automóvel de marca baratinha (ROVER) e, todos os anos muda de modelo (mantendo a cor e a marca para não dar nas vistas).
2- compra uma casinha velha e torna-a num palacete.
3- recupera a casa paroquial e utiliza-a para fazer negócio, recusando-se a cedê-la para que as crianças da escola possam ter as suas refeições ou para as aulas extra-curriculares.
4- recebe um terreno por testamento de um cidadão altamente católico mas recusa-se a cedê-lo para que uma misericórdia possa criar um local de assistência à terceira idade, a menos que o valor de troca seja pago a preço de ouro.
5- as almas dos defuntos cujas famílias não tenham 10 € para rezar uma missa, ficam sem serviço religioso. E, mesmo pagando, o nome do defunto não é referido na missa que, quem contratou o serviço, pagou.
6- o povo ergue uma igreja mas o pároco, mandando na boa-vontade dos paroquianos, dá-se ao luxo de exigir que esta seja feita, exactamente, como ele quer.
7- Em mais de 30 anos, não lhe é conhecida qualquer obra (material ou espiritual) em prol da comunidade onde foi integrado e da qual vive luxuosamente.
8- Para este pároco, as criaturas não foram criadas todas por Deus: as andorinhas foram mandadas exterminar barbaramente pelo "católico pároco" (não esqueçamos que estamos a falar de uma espécie protegida e, no sentido católico, "seres colocados na terra pelo criador e com uma missão definida".
Agora pergunto ao tal sr da Igreja: é , por exemplo, a párocos como este que os políticos católicos devem entregar os 20% dos rendimentos que auferem?
Desculpem o termo mas, o povo tem razão: "ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão"
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