Há muito tempo que eu não ia a Alcobaça à segunda-feira. Esta semana, quando, finalmente, consegui estacionar a minha viatura, dirigi-me à rua das lojas (na ânsia de ver algo mais que não as "chinesices") e deparei-me com algo "do além": chapéus de sol com cuecas penduradas, camisolas que cobriam os muros delimitadores do mercado "municipal", carros de feirantes a ocuparem o estacionamento utilizando-o para fins comerciais, escadas ocupadas com biberãos...
Sinceramente, tive a sensação de estar no inicio da feira de S. Bernardo. Depois, recordei que estava em Julho e que, provavelmente, isto seria apenas mais o resultado da tal politica "do de nós para nós".
De facto, eu gostava muito de saber se estes feirantes têm licenças, se pagam terreiro e , se a resposta for negativa....onde está o para nós?
Porque é que os demais feirantes têm de pagar terreiros numa zona para onde "foram desterrados" e onde nada vendem e, estes "para nós" (que recordo têm casinhas fornecidas pela câmara, não pagam água nem luz e, ainda têm direito a subsidio - mesmo não pagando impostos e não estando colectados) têm "a mordomia" de poder vender mesmo no centro de Alcobaça?
E não se pode dizer que os "senhores que estão a dirigir o município não sabem" - basta ir a uma das janelas e podem presenciar o triste espectáculo "das cuequinhas penduradas em chapéus de sol", em vendas clandestinas e, mesmo junto ao local onde param os autocarros com os turistas que nos visitam...
É bem mais fácil carregar com pagamentos quem, realmente, sem apoios, tenta viver do produto do seu trabalho, honesto e devidamente declarado às finanças, do que "atrever-se" a enfrentar grupos de inúteis que vivem de subsídios provenientes de quem, durante anos, trabalhou para, um dia, poder ter protecção social.
Viva esta "nova dinâmica", desculpem o termo, sem tomates para enfrentar os que nada fazem em prol do município, mas com eles suficientes para cobrar terrado a quem quem ajudar a dinamizar a imagem de Alcobaça.
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