Já era vergonhoso ter um primeiro-ministro com uma licenciatura emitida a um domingo, numa universidade que nem sabe que ele por lá andou e com prova enviada por fax, não se sabe bem em que data....
Agora... temos um professor universitário,ainda por cima, coordenador.....que tem estas "tiradas" que ajudam imenso, quer a nossa história, quer um dos elementos principais de Alcobaça para o turismo:
Mitos, História e Violência de Género
Falar da história “Os amores de Pedro e Inês” é desvelar a mentalidade portuguesa num dos seus pilares estruturais – a mitogenia- que no dizer de Cunha Leão, “alastra Portugal de lés a lés”.
Parte do passado está contado por historiadores que, à falta de métodos de investigação, reproduzem o que não entendem. Aliás, a ciência neste meio é entendida por saber coisas: quando nasceu um rei, as amantes que teve, onde se casou, os filhos bastardos que gerou, as batalhas ganhas... Saberes equivalentes a bisbilhotices
Salvo raras excepções, a nossa historiografia está escrita e reescrita com base em mitos que reproduz como sinal de esterilidade intelectual e evasão pelo sonho. Chega-se a historiador abordando temas por clonagem e onirismo e, de palpite em palpite, escrevem-se livros perpetuando vacuidades. Com eles chega-se a catedrático e a presidente de academias. E num ápice, esta prosa faz-se “best-seller” para vender porta à porta por editoras que fazem dos leitores sócios.
A fábula de “Pedro e Inês”, passou para o imaginário colectivo como um mito de amor mas, em qualquer parte do mundo civilizado resume um crime e as prisões em Portugal estão repletas de casos “de amor” semelhantes.
O mito, longe de ser um fenómeno exclusivo da imaginação é também uma atitude intelectual que se desenrola no âmbito dos poderes factícios. E para sociedades tradicionais como a nossa não é apenas uma realidade objectiva. Este género de visão infantil ou pré-moderna é a única revelação válida da realidade.
Os mitos são como sonhos colectivos, neles fixam-se normas exemplares de procedimentos e actividades humanas significativas, equivalentes a esquemas mentais reais que sintetizam a ideologia e a cultura de um povo.
Não são explicações que satisfaçam uma curiosidade científica, mas relatos que revivem uma realidade original de aspirações morais. Vejamos este ponto: um homem casado pela igreja com uma mulher, assedia sexualmente outra praticando adultério. A assediada atraiçoa a patroa e tem filhos do patrão. Entretanto o pai do galante manda matar a amante do filho. O filho enraivecido lança o reino numa guerra civil, saqueia cidades e as terras dos assassinos, mata-os com requintes de sadismo, e arranca pelas costas o coração a um. Como não bastasse, desenterra anos depois a morta e obriga os súbditos a beijar a mão do cadáver putrefacto. Cenógrafa uma coroação digna de um filme de terror ou de práticas satânicas.
É isto uma história de amor? Adultério, traição, assassínios, mortes, violência, sadismo e práticas de necrofilia! É preciso ser-se inculto ou mentecapto para ver nestes actos modelos exemplares de moralidade e na memória de Pedro e Inês as virtudes que promovam uma terra, como se pretende com um logótipo.
E é curioso, segundo as leis de Deus, ver como as duas criaturas estando em pecado mortal se encontram num templo católico, junto do altar, a presidir aos actos religiosos.
Lamento como instituições de respeito como são a Igreja Católica, o Estado e as escolas perderam o sentido ético e estejam desnorteadas; senão não se via, por vezes, os estabelecimentos de ensino, em Alcobaça, a representar a cena satânica e necrófila do beija-mão e a Câmara a apoiar a iniciativa em nome da educação e da cultura, criando esta um logótipo como a sua imagem corporativa.
Conceber um logótipo sobre a ideia dum crime sexual medieval só mesmo de gente não evoluída ou mentalmente perturbada. Hoje promovem o logótipo; amanhã vêem-nos (com as falinhas gratuitas da «cidadania») condenar a violência entre os géneros, a segregação sexual e a violência doméstica.
O que é que tem o mito do Pedro/Inês para além dum acto de violência sexual? Um crime hediondo cometido pelo chefe da Nação! Confundir com amor o que fez o tal Pedro-o-Doido é um apelo ao crime. Pode um serviço público heroificar um criminoso seja ele um rei? Os que perpetuam essa selvajaria nas bandeiras duma Câmara, agência de turismo ou seja lá o que for como serviço público, são uns irresponsáveis. E não é para desculpar (ainda menos louvar) só porque é antigo, medieval, «romântico». Não era melhor condená-lo de uma vez para sempre? Perante quem concede foros de nobreza aos crimes sexuais, dá-me vontade de dizer, no caso de Alcobaça «Pobre terra que tais elites engendra!».
Percorram a Europa e vejam onde é que um serviço público faz uma coisa dessas!
E os párocos? Estão à espera de quê para se recusarem a celebrar missa diante da heroificação dum adúltero e dum criminoso sexual que foi Pedro-o-Doido?
António Delgado
Professor Coordenador
ESAD – CR
Mas sabem quais foram, na verdade, os grandes crimes de D. Pedro? qual a razão porque este "professor universitário" faz questão de o considerar "louco", "adultero" e "criminoso sexual"?
Simples, meus amigos - D. Pedro cometeu o crime de não viver até ao séc XXI para "comer a maçã" deste douto senhor e.... ainda teve o desplante de não ter vivido o suficiente para ser o par deste sr professor na sua participação da festa gay, que teve lugar no mercobaça.
Se o homem tivesse comido a maçã e tivesse sido seu compincha no festival gay, hoje, seria um herói de Alcobaça!
Quem entende esta mentalidade dos srs professores, doutores apenas nascidos em Alcobaça, mas que vivem defendendo os Espanhóis!