Sign by Dealighted - Black Friday Deals

Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
Não me responsabilizo pelos comentários de terceiros, uma vez que não faço moderação dos mesmos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Qual será o futuro?

Hoje em dia, já não se ensinam ofícios. Todos querem ter filhos doutores (em especial engenheiros ou advogados para seguirem uma carreira politica), mesmo que não tenham aptidão nenhuma para os estudos.
O governo de Sócrates, na ânsia de ficar bem perante a UE, arranjou algumas soluções que aumentam a "qualificação" escolar.
Em pouco mais de um ano e meio, pode passar-se de uma antiga 4ª classe para o 2º ano do preparatório, seguir para o 9º ano e, finalmente ter o 12º.
Que raio andei eu a fazer na escola durante tantos anos? Esperava por Sócrates, e poupava, pelo menos 8 anos de estudos, horas sem dormir, pesquisas em bibliotecas (a net era um bicho do qual nem se falava). Depois de se obter o 12º, bastava frequentar a mesma faculdade onde andou o nosso primeiro-ministro, saber qual o domingo certo para enviar o fax da prova e...voilá! Engenheiro que chega a responsável pelo ambiente e...ao topo de uma carreira no governo.
Mas isto parece não bastar: como ainda há resistentes a este tipo de facilitismo escolar, há que "agilizar" o ensino tradicional.
E eis que, na cabecinha da senhora que ocupa a pasta da educação,e atendendo a que "chumbar faz mal aos meninos", decide-se que todos têm de transitar de ano.
Façamos contas: esta senhora deve ter, pelo menos, 55 anos. O ensino tradicional (mesmo passando sempre) dá uma licenciatura ao fim de 16 anos de "estudo", mais um bocadinho para um mestrado e outro para um doutoramento - já estamos a falar de 20 anos mínimo.
Quando estes novos "profissionais doutorados" chegarem ao mercado de trabalho, a dita senhora terá cerca de 75 anos.
Assim sendo, o risco de "dar de caras" com a falta de formação efectiva destes candidatos ao mercado de trabalho, rondará 5 anos...
Como com essa idade já não precisa de andar na escola - que se lixe se os recém-formados professores não tenham conhecimentos, nem para eles e, muito menos para transmitir.
Também não importa se vão ser "formados" maus gestores porque, por este andar, já não deverá haver nada para gerir...
Advogados? Que importa? Nessa altura já estarão todos na politica porque a tendência da justiça é para acabar o pouco que ainda resta...
Engenheiros de ambiente? Mas ainda irá haver ambiente que necessite de profissionais?
Arquitectos? Com o andar da carruagem, vamos todos voltar a ter de viver em cavernas porque... não vai haver dinheiro para habitação...
Solução para daqui a 25 anos: voltemos à pesca, à agricultura, a aprender carpintaria, canalização...e, mostremos que, não tivemos capacidade para gerir, quer a educação, quer a exploração dos recursos naturais...
Parabéns a este ministério da (in)cultura e da irresponsabilidade!

Sem comentários: