Conferência de imprensa do Presidente da Câmara de Alcobaça
No dia 29 de Outubro o presidente de câmara, Dr. Gonçalves Sapinho, dirigiu-se à comunicação social tentando esclarecer os pormenores das atitudes e medidas tomadas por este elenco camarário no assunto “passagem do tgv por Alcobaça.
Presentes na sala, para além da comunicação social, estiveram os presidentes de junta, vereadores e presidente da Assembleia Municipal.
O Dr. Sapinho começou por referir que há um envenenamento da vida pública local, o que gera a confusão entre o que é importante e o que não é.
O presidente começa por considerar que “quem comenta a falta de acção da Câmara (protagonistas de pacotilha – assim lhes chamou!) são pessoas nulas e que nunca fizeram nada por Alcobaça, nem tomaram decisões.
Os protagonistas de pacolhice a que me referi são da orla do Mosteiro (+100 metros para cima ou mais 200 metros para baixo. Há muita gente que nasceu para estabelecer a confusão e quando há confusão estão sempre presentes – são os mosquitos que temos de exterminar!
(então os comentadores e o povo não têm direito a opinião? e o adormecimento da câmara não foi criticado pelos presidentes de junta? E o nosso presidente de câmara acha que estes autarcas não fizeram nada?
Gonçalves Sapinho realçou (e bem!) o facto de em 25/02/2005, o Dr. Paulo Inácio, à data deputado municipal, e hoje presidente da assembleia municipal, ter apresentado uma moção onde se manifesta toda a discordância e se aconselha um estudo a Este da serra dos Candeeiros. O mesmo deputado, nessa altura, encoraja o executivo a ser firme nessa matéria.
Recorde-se que, Naquela altura, Paulo Inácio disse:”Independentemente de contrapartidas, grandes ou pequenas, a nossa posição é frontalmente contra a passagem do tgv!”.
O Dr. Sapinho, amavelmente, colocou à disposição dos jornalistas um dossier onde se encontravam os documentos relativos aos contactos entre a Câmara, a RAVE, o Ministério das Obras Públicas e a Secretaria de Estado dos Transportes, bem como as moções de rejeição quer da CMA quer da AM..
Informou ainda que, antes do inicio da discussão pública, a CMA contratou Nunes da Silva para dar um parecer sobre a matéria.
Ainda na posse da palavra, o Presidente disse-nos que à cerca de um ano e meio, sensivelmente (interrogado sobre a data precisa, respondeu que teria de consultar a agenda) esteve em Lisboa, acompanhado pelo seu vice-presidente, numa reunião com a RAVE (também ficámos sem saber quem eram os elementos que representavam a Rave nessa reunião) onde se pediu uma cópia das plantas para que, a CMA pudesse estudar o documento calma e aprofundadamente.
Segundo o Dr. Sapinho e, de má-fé, a resposta da RAVE foi:
1- os senhores não levam nada!
2- 2- Pedimos que não falem sobre este assunto, por enquanto, visto ainda termos de voltar a falar!
Da parte da CMA foi garantido que nada viria a público antes de se voltar a falar.
Quanto a esta atitude da Rave, o nosso presidente afirmou:” As pessoas quando estão em determinados cargos, não podem ser vigaristas nem mentirosos!.
Todos tomámos as medidas certas em lugar e horas próprias!”…
E o que se fala na imprensa pode servir para escrever uma farsa e nunca uma obra literária de qualidade! As coisas entram-me por um ouvido e saem-me pelo outro!”
Mas adianta:
“Estamos, ainda, em fase de estudo de impacto ambiental e não é a RAVE que conduz este processo, é a Agência Portuguesa do Ambiente (que depende do Ministério do Ambiente). È ela que vai validar, ou não, os projectos que foram apresentados.”
O prazo limite para a APA se pronunciar é o final do corrente ano e tudo pode mudar – o projecto pode não ser aprovado!.
Salientou também: “ A Câmara fez sessões de esclarecimento nas juntas de freguesia. Fez o papel que a Rave não fez!”
Já no final da conferência, o Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Paulo Inácio, prestou as seguintes declarações: “O presidente da Câmara, nestas declarações fez uma exposição onde mostra a defesa dos interesses dos alcobacenses.
Peço que as pessoas façam histórica mas com verdade!
Agora, o presente e o futuro estão na defesa dos interesses do município. A AM está solidária e à disposição da CMA.
O vice-presidente da Cma, lançou ainda a seguinte questão: “porque é que Portugal tem de ter um tgv interno?”.
A rematar, Gonçalves Sapinho disse, ainda o seguinte: “Sendo aprovado qualquer um dos traçados propostos, vamos avançar para as Obras Públicas, EU, Presidente da Republica, Tribunais, Tribunal Europeu e Assembleia da Republica!”
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