Era uma vez uma cidadã que, na sua ingenuidade, acreditou que existia uma Terra de Paixão.
Começou por respeitar o seu presidente, senhor de meia-idade e que nos dizia que ia colocar Alcobaça nos primeiros lugares a nível de turismo, cultura, ecónomia e iria criar muito emprego - acreditei, até porque, quer eu gostásse ou não, ao ter sido eleito democraticamente, passou a ser, também o meu presidente.
Mais tarde, a ingenuidade foi dando lugar à desilusão e comecei a ver que Alcobaça começava a ser um palco apenas para fazer brilhar alguns senhores que queriam subir na politica.
Vi as estradas a permanecerem com buracos, o verde do belo jardim fronteiriço ao Mosteiro de Santa Maria a desaparecer e com ele as risadas das crianças que por lá brincavam, vi aparecer um elevador destinado aos idosos e deficientes a nunca ter funcionado, vi freguesias com esgotos a céu aberto, vi feiras populares misturasadas com arte, vi empresas a abandonarem o concelho e partirem para os concelhos vizinhos....
Ai, Ai, vi tanta coisa que não queria ver!
Mas o tempo foi passando e vi que o presidente ia definhando...
Começam a aparecer os sintomas de apatia, depois os de senilidade e, agora, os de demência.Isto começa a fazer-me lembrar filmes como a bela e o monstro (a bela seria a cidade) e o monstro...
Mas agora começa a estar mais parecido com "feios, porcos e maus" enfiados dentro do "apocalipse now".
Ah bela cidade ao que tu chegaste, (des)governada por um homem desequilibrado que perdeu o conceito de respeito, de democracia e de decência.
Os termos com que se dirige a quem o confronta com ideias e a quem mostra discordância com a forma como nos (des)governa começaram a ser, cada vez mais reles, agrestes e até mesmo infames.
Qualquer assessor de imagem lhe diria que estava a queimar o pouco que lhe restava dela.
Talvez até Marcelo Rebelo de Sousa o elegesse como o pior politico do ano.
Se não fossem as guerras internas do psd, talvez até Manuela Ferreira Leite tivesse tempo para perceber que este homem está a fazer um mau serviço ao partido.
Mas enquanto ninguém tem tempo para pensar no bem-estar das populações, vamos tendo um presidente em Alcobaça que
- chama traidores e denunciantes a quem tem dúvidas sobre negócios entre autarcas;
- que diz que as coisas lhe entram pelo ouvido direito (deve estar a referir-se aos seus colegas de partido) e saem pelo esquerdo;
- que considera o presidente do maior partido da oposição do concelho como pessoal menor (e que por sinal já foi vice-presidente da câmara que ele hoje ocupa e é um dos médicos mais referenciados do concelho e com sobejas provas de cidadania já dadas),sem crédito e desqualificado
- que chama de Vaca Sagrada a obra que diz ser sua mas que aparece agora a dizer que é uma das contrapartidas dadas pelo governo central por causa do aeroporto
E tudo isto depois de ter traido a confiança dos municipes ao adoptar politicas que ajudaram a afastar jovens da sua terra quer em termos de residencia, quer em termos profissonais, ao mesmo tempo que ia esbanjando cerca de 400 000 euros com um mágico.
Este é o presidente que temos e esta é, pelos vistos, a nova forma de fazer politica em Alcobaça: desrespeito, azedume, medo e muito poucas ideias.
A falta de ideias para o concelho é o que ressalta de um MONÓLOGO do presidente de câmara (a que ele chamou de conferência e imprensa em homenagem à comunicação social) datado de 1 de Setembro.
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