Se há coisas aprendi, neste último ano, foi o deixar de ser ingénua e passar a não acreditar no Pai Natal.
E claro que também não acredito no S. Martinho. Pelo menos não na sua ligação à água-pé. Bolas, santo é santo: não bebe, não fuma, não come castanhas, não procria e ... não anda em tasquinhas!
Mas parece que há um santo protector de quem tem necessidade de vender água-pé.
Então, pensem lá comigo: o que levou à pressa de fazer as tasquinhas de Aljubarrota no mesmo fim-de-semana das dos Moleanos? E onde esteve a actuar a prata da casa?
Claro que isto só pode ser porque compadres dos compadres, dos amigos dos compadres, tinham de vender o aquoso néctar.
Na semana seguinte, o pessoal iria todo para os doces conventuais e... lá se ia a maminha dos tais compadres.
Que ingenuidade pensar que alguém abdicaria da venda da água-pé em prol dos interesses das freguesias, não empatando eventos já há muito agendados, em outras colectividades.
Voltámos ao pensamento de Salazar: dar cultura ao povo para quê? Dêm um naco de pão, um copo de vinho e.... deixem-nos dançar para pensarem que são felizes! Amanhã? Ponham-lhes uma enxada na mão!
Continuamos no mundo dos chicos espertos que só olham para o próprio umbigo.
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