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Aqui pretende-se dar a conhecer o que de bom (e de menos bom) temos em Alcobaça.este blog é apenas a sequência do antigo blog "comentar a nossa terra".
Surge na sequência de um ataque informático encomendado por "um amigo" que não gostou da apreciação que dele aqui se fazia.
Este blog é a imagem das minhas opiniões e, como tal, sou a única responsável pelo meu livre pensamento.
Não me responsabilizo pelos comentários de terceiros, uma vez que não faço moderação dos mesmos

domingo, 21 de março de 2010

Hora de reflexão

chegados os meus 45 anos e quase ultrapassados, chegou a hora de fazer a reflexão sobre mais de uma década vivendo em Alcobaça.
Tive o azar de me apaixonar pelas belezas paisagistas desta terra e acabei por vir para cá. Viver? Não! Morar!
Esta terra, que eu conheci sobre a primeira passagem dum sapo pelo concelho, tornou-se num pantano (habitat natural do dito cujo) e uma escola para muitos dos que ambicionaram ( e dos que ainda ambicionam) viver à custa deste concelho.
Não me interessa que me achem "persona ñ grata", não me incomodam os falsos moralistas, os falsos independentes, os falsos "salvadores do concelho"....incomodam-me os que não são carne nem peixe, os que vivem de manobras para tentarem mostrar o que não são.
Não gosto de gente com2 palavras (porque lhes dá jeito), detesto gente que se acha mais patriota do que os demais apenas por se ter tornado engenheiro e se considera o grande defensor da lingua portuguesa (mesmo que não tenha a mínima noção do significado das palavras que profere e se julgue o único leitor de obras de Aquilino Ribeiro e Fernando Pessoa).
Odeio um concelho onde as pessoas julgam tudo saber e não se dão ao trabalho de ouvir quem é alvo das suas decisões estúpidas e impensadas.
Não gosto de assistir ao TEATRO ( a palavra está intencionalmente em maiúsculas) do que se tem passado nas assembleias municipais. Detestei saber (pela boca do presidente da CMA) que antes da assembleia há uma reunião entre todos para se "ajustarem agulhas".
Detesto estes políticos de caca que, em nome do povo e de quem os elegeu, tomam medidas de fundo sem nos consultarem.
Esta foi a terra que eu aprendi a conhecer: gente que entra em partidos para subir na vida (porque as suas mais-valias não permitem mais); gente que pisa o povo porque , na altura, não será politicamente correto apoiar determinados projectos, gente que se verga por um lugarzinho que lhe dê visibilidade, gente que se serve dos descontentes para tentar colocar a opus no topo do concelho, empresários que tendo as firmas a abanar decidem da a cara por movimentos (quando antes tinham negado o seu apoio ou participação em projectos de mudança), gente que se aproveitou da catástrofe da passagem do tgv por Alcobaça para se tornarem os "must" no concelho....
Esta lista vai ter dificuldade em parar...
Gente que se serviu de um partido para colocar dinheirinho na conta pessoal e chegar a assessor de um secretário de estado, gente que contesta a agressão que se faz à natureza e constrói uma "casinha" mesmo junto à margem do rio, gente que não tendo (talvez por isso tenham de segurar as calças para não caírem) tomates para votar contra esta aprovação do PROT-OV resolvem entrar em debates linguísticos com um elevado teor alcoólico....
continuando....
Muitos irão perguntar: mas não foi esta uma das acérrimas defensoras da lista dos independentes? Humildemente, responderei: sim, erradamente fui! Enquanto ajudava dois companheiros meus a recolher assinaturas, nunca imaginei estar ligada a gente sem escrúpulos que tentava dar "poiso" a amigos e familiares, a gente que não era "tão puro" como eu imaginava e a gente que "se servia da igreja" para benefícios pessoais como se tal fosse importante para um curriculum.
Isto não reflecte o que penso, nem a minha conduta pessoal (por muito que respeite e admire os padres que têm passado por Alcobaça e, em especial, o padre Carlos que tem dado mostras de ser um ser humano com coluna vertebral). Não entro em grupos para ter "tacho ou visibilidade". Lutei sempre pelo que achava justo (mesmo que não me dissesse respeito). Segui os ensinamentos que o meu pai me deu: só se é feliz quando todos os nossos amigos vivem em paz e em justiça social.
Agora percebo a desertificação do concelho: não somos respeitados, não somos ouvimos e ninguém nos defende. Por mim, resta-me deitar a toalha ao chão e deixar que esta gente se "encha" à conta dos ótarios que ainda acreditam neles.

2 comentários:

joel disse...

Cara Lúcia Duarte,
Como eu a compreendo! Tal como a Lúcia, também eu começo a sentir-me impotente para combater tanta imbecilidade , deixa andar, oportunismo e má fé.
Uma boa parte da população deste Concelho, por confiar em demasia naqueles que elege, e por não ter pensamento próprio, está de tal forma anestesiada, que já não reage quando sente os ditos cujos entalados. Ponho dúvidas que venha a reagir quando estiverem esmagados.
Para que é que se hão-de chatear, se alguém o fará por eles.
Eles fazem parte daquele clube, dos que, não vêm, não ouvem e não lêem. Logo não podem ser responsabilizados por nada que aconteça, ou venha a acontecer.
Abençoada ignorância, que dela é o REINO DOS CÉUS!
Cumprimentos
Joel

Lúcia Duarte disse...

Joel, até o reino dos céus parece estar muito mal representado na terra.
Cheguei à conclusão que gente como nós é que está errada.
Vou ficar pelo meu sofá e pelo CSI... lutar já não vale a pena! Até os que nunca contribuiram têm mais beneficios do que nós!