«Ainda não encontrei a resposta dentro de mim. Qualquer decisão – seja em que sentido for – não está dependente de outras decisões, é uma questão comigo mesmo, mas há uma coisa que quero aqui dizer com toda a clareza: não sou refém de nada nem de ninguém», sublinhou, citado pela Renascença.
Manuel Alegre deixou ainda um recado que pode ter como destinatários os que, no PS, defendem que Jaime Gama é o candidato certo. "Há quem tenha percebido o que se passou em 2006, há quem persista em não compreender."
Antes, o ex-comunista José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores e um dos principais rostos dos apoiantes do histórico socialista, deixou bem clara a intenção do jantar e qual a fasquia de uma candidatura a Belém: "A intenção é ir a votos e vencer! Estamos convencidos que ele é o candidato que faz falta para o aprofundamento da democracia e para o desenvolvimento do país", afirmou, não querendo comentar a possibilidade do PS avançar com outro nome.
Outro apoiante de Manuel Alegre, o médico Carlos Alegria, mandatário da sua candidatura em Braga em 2006, disse esperar que o jantar de ontem represente "o início da caminhada" para Belém e mostrou-se "disponível para o que for preciso. Além destas pessoas que aqui estão, há um exército à espera", assegurou, dirigindo-se a Manuel Alegre.
Jorge Cruz, conhecido militante do PS de Braga e tido como próximo do presidente da Câmara, Mesquita Machado, disse acreditar que "não será agora que [Manuel Alegre] fugirá à luta, deixando órfãos os homens e mulheres de esquerda". Cruz disse ainda desejar que a Presidência da República "deixe de ser um antro de intrigas, com ou sem escutas" e pediu a Alegre que "aceite mais este sacrifício".
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