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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Manuel Alegre deixa candidatura presidencial em aberto

Uma segunda corrida à Presidência da República é cenário que Manuel Alegre não exclui. Durante um jantar com apoiantes, em Braga, o histórico socialista assegurou que ainda não tomou qualquer decisão. Mas voltou a frisar que «a Democracia é de todos e a República não tem dono».

«Ainda não encontrei a resposta dentro de mim. Qualquer decisão – seja em que sentido for – não está dependente de outras decisões, é uma questão comigo mesmo, mas há uma coisa que quero aqui dizer com toda a clareza: não sou refém de nada nem de ninguém», sublinhou, citado pela Renascença.
in A bola
09:31 - 04-12-2009

Manuel Alegre deixou ainda um recado que pode ter como destinatários os que, no PS, defendem que Jaime Gama é o candidato certo. "Há quem tenha percebido o que se passou em 2006, há quem persista em não compreender."

Antes, o ex-comunista José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores e um dos principais rostos dos apoiantes do histórico socialista, deixou bem clara a intenção do jantar e qual a fasquia de uma candidatura a Belém: "A intenção é ir a votos e vencer! Estamos convencidos que ele é o candidato que faz falta para o aprofundamento da democracia e para o desenvolvimento do país", afirmou, não querendo comentar a possibilidade do PS avançar com outro nome.

Outro apoiante de Manuel Alegre, o médico Carlos Alegria, mandatário da sua candidatura em Braga em 2006, disse esperar que o jantar de ontem represente "o início da caminhada" para Belém e mostrou-se "disponível para o que for preciso. Além destas pessoas que aqui estão, há um exército à espera", assegurou, dirigindo-se a Manuel Alegre.

Jorge Cruz, conhecido militante do PS de Braga e tido como próximo do presidente da Câmara, Mesquita Machado, disse acreditar que "não será agora que [Manuel Alegre] fugirá à luta, deixando órfãos os homens e mulheres de esquerda". Cruz disse ainda desejar que a Presidência da República "deixe de ser um antro de intrigas, com ou sem escutas" e pediu a Alegre que "aceite mais este sacrifício".

in DN

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