Eu era garota quando se deu a revolução do 25 Abril mas recordo alguns dos anos que lhe antecederam: o medo de falar em determinados assuntos, as estações de rádio que se ouviam colando o aparelho ao ouvido, os homens que se sentavam no café horas a fio para ouvirem “algo suspeito”.
Desse dia, recordo a música que passava na rádio, os comunicados na RTP e recordo, sobretudo, o rosto de alegria do meu pai.
Depois, veio “o rebentar da liberdade”, algo que grande parte confundiu com libertinagem.
O verdadeiro sentimento de liberdade estava nos homens e mulheres que sofreram na pele a privação de um bem tão precioso.
Veio a liberdade de expressão, que se conseguiu manter durante uns anos. Foi uma explosão de políticos bons que já lutavam na clandestinidade.
Grandes “crânios” , grandes “pensadores”: gente que sonhou e conseguiu ver o seu sonho concretizado.
Recordo tudo isto com saudade! Fez parte do meu crescimento, foi a minha adolescência à luz destes ideais.
Aos poucos, e como um vírus que se instala bem devagar, começam a aparecer os sinais da doença.
O período de incubação durou cerca de 15 anos e hoje, vejo com tristeza o alastrar de uma doença para a qual parece não haver antídoto: a geração de políticos sem normas nem ideais a defender.
O risco? Esse é enorme porque, em nome da democracia pela qual alguns lutaram tanto, criaram-se monstros de ambição. Gente que apenas quer “visibilidade” para chegar a uma grande empresa.
As necessidades do povo que os elegeu? Desculpem o termo: “que se lixem” porque o que interessa é dar nas vistas. As eleições servem para os colocar lá, pelo menos, durante 4 anos, período durante o qual vão ter de dar o litro.
Mas dão esse litro sem fazerem o que realmente deveriam: apresentar propostas, ouvir os outros e contribuir para o melhoramento da vida dos trabalhadores e dos empresários que, suadamente, tentam manter abertas as empresas que são uma mais-valia para a economia do país.
Dão o litro para entrarem em empresas para, mais tarde, podermos ter audiências brutais em noticias de corrupção, aproveitamento indevido e branqueamento de capitais.
A censura? Essa também se vai instalando bem devagarinho e debaixo de algumas máscaras mas…parece que poucos se vão apercebendo disto!
Os partidos políticos, esses…. Se são, por um lado, um garante da democracia, são, por outro, as melhores escolas para a formação destes “monstros políticos”, onde os mestres (os tubarões) exigem que os discípulos os superem.
Olhando para tudo isto, recordo com saudade a música que passava na rádio, os comunicados da RTP mas….imagino que hoje, o rosto do meu pai não mostraria tanta alegria!......
Desse dia, recordo a música que passava na rádio, os comunicados na RTP e recordo, sobretudo, o rosto de alegria do meu pai.
Depois, veio “o rebentar da liberdade”, algo que grande parte confundiu com libertinagem.
O verdadeiro sentimento de liberdade estava nos homens e mulheres que sofreram na pele a privação de um bem tão precioso.
Veio a liberdade de expressão, que se conseguiu manter durante uns anos. Foi uma explosão de políticos bons que já lutavam na clandestinidade.
Grandes “crânios” , grandes “pensadores”: gente que sonhou e conseguiu ver o seu sonho concretizado.
Recordo tudo isto com saudade! Fez parte do meu crescimento, foi a minha adolescência à luz destes ideais.
Aos poucos, e como um vírus que se instala bem devagar, começam a aparecer os sinais da doença.
O período de incubação durou cerca de 15 anos e hoje, vejo com tristeza o alastrar de uma doença para a qual parece não haver antídoto: a geração de políticos sem normas nem ideais a defender.
O risco? Esse é enorme porque, em nome da democracia pela qual alguns lutaram tanto, criaram-se monstros de ambição. Gente que apenas quer “visibilidade” para chegar a uma grande empresa.
As necessidades do povo que os elegeu? Desculpem o termo: “que se lixem” porque o que interessa é dar nas vistas. As eleições servem para os colocar lá, pelo menos, durante 4 anos, período durante o qual vão ter de dar o litro.
Mas dão esse litro sem fazerem o que realmente deveriam: apresentar propostas, ouvir os outros e contribuir para o melhoramento da vida dos trabalhadores e dos empresários que, suadamente, tentam manter abertas as empresas que são uma mais-valia para a economia do país.
Dão o litro para entrarem em empresas para, mais tarde, podermos ter audiências brutais em noticias de corrupção, aproveitamento indevido e branqueamento de capitais.
A censura? Essa também se vai instalando bem devagarinho e debaixo de algumas máscaras mas…parece que poucos se vão apercebendo disto!
Os partidos políticos, esses…. Se são, por um lado, um garante da democracia, são, por outro, as melhores escolas para a formação destes “monstros políticos”, onde os mestres (os tubarões) exigem que os discípulos os superem.
Olhando para tudo isto, recordo com saudade a música que passava na rádio, os comunicados da RTP mas….imagino que hoje, o rosto do meu pai não mostraria tanta alegria!......
Sem comentários:
Enviar um comentário