As referências anteriores são impulsionadoras de uma especial atenção e cuidado com a área cultural.
Se por um lado, é fundamental manter os usos, costumes e tradições, intrínsecos às populações, é por outro, extraordinariamente importante dar um cunho evolutivo, que possa cativar a formação de públicos e atrair pessoas ao concelho.
Nesta sequência, o Cister Música, para além de ter conseguido o seu espaço na cultura nacional, conquistou para Alcobaça novos públicos que não defraudaremos.
No âmbito da Feira de São Bernardo, envolveremos a cidade como um todo, diversificando espaços, em que o concelho se reveja. Tal como, reafirmaremos o sucesso dos Doces e Licores conventuais, e de outros eventos.
Reconhecendo o superior nível da docência pública, sendo um primado da Social-Democracia a igualdade de oportunidades e aproveitando a construção de centros escolares de grande qualidade, importaremos saberes que atenuem, nas novas gerações, desigualdades sociais, através de gestores do ensino privado de alto nível.
O refundamento do Colégio de Nossa Senhora da Conceição poderá proporcionar renovadas expectativas de concretização e ampliação do Ensino Superior
Conforme foi referido, muito para além da nossa real intenção para eliminar as barreiras arquitectónicas também o ensino especial está no centro das nossas preocupações. Com o extraordinário serviço prestado pelo CEERIA e, o excelente acompanhamento das técnicas de acção social do município, efectuaremos um estudo integral das necessidades de valências.
O incremento da acção social junto da terceira idade é na actualidade cada vez mais premente. As dificuldades por todos conhecidas obrigam à criação de equipas de apoio domiciliário de âmbito para lá do existente.
O aumento da esperança média de vida e a crescente incapacidade de prover às necessidades mais básicas, impõem às autarquias dar particular atenção à possibilidade de colmatar tais dificuldades.
Em virtude da inversão da pirâmide demográfica promoveremos a criação de novas instituições de solidariedade social e a ampliação das existentes, para dar resposta às necessidades futuras.
Os projectos das Universidades Sénior da Fundação Maria e Oliveira e da Benedita, são bons exemplos da melhoria da qualidade de vida que queremos estender aos nossos concidadãos.
Tomando em atenção a separação de poderes e a “César o que é de César”, na saúde, bem como em todas as áreas, iremos auxiliar o Estado nas suas atribuições e competências. A concretização do Centro de Saúde de S. Martinho do Porto, Vimeiro e a Unidade de Saúde Familiar Stª Maria na Benedita, contará com o nosso empenho. O Hospital Oeste Norte em Alfeizerão terá de ser uma realidade concomitante com um Hospital Bernardino Lopes de Oliveira de qualidade.
Alcobaça revê-se na sua tradição agrícola reconhecida nacional e internacionalmente. Num futuro próximo teremos que reconquistar o estatuto entretanto perdido. A recuperação da investigação, a denominação de origem e a demarcação de zonas, são algumas das vertentes que vamos aprofundar.
Apoiaremos a continuidade do trabalho meritório prestado pelas associações de agricultores e incentivaremos a protecção e preferência pelos produtos originários da agricultura local.
Nesta área, é da mais elementar justiça, realçar o papel histórico da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, revitalizada, em momento oportuno, pela CMA, que permitirá recuperar o seu estatuto e dimensão de outrora.
O dinamismo de Alcobaça e a sua reconhecida importância conferem-lhe um estatuto de inequívoca liderança e como consequência o dever estar na primeira linha das decisões Oestinas.
As organizações intermunicipais, constituem um incentivo deveras importante para a racionalização dos custos e optimização dos ganhos. Não tendo este desiderato atingido a sua plenitude, seremos contundentes na exigência de resultados.
Igualmente, o planeamento moderno só tem fundamento numa perspectiva regional, seja na óptica da economia, turismo, ordenamento do território, ambiente, e das novas tecnologias, entre outras.
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, uma peça arquitectónica da humanidade, representa para o país uma responsabilidade acrescida.
Desde logo, as suas pedras são testemunhos vivos da história de Portugal, que devem ser preservados, não só pela sua admirável beleza, mas como legado às gerações vindouras. É a sala de visitas de Alcobaça e por esse facto, todos os benefícios que aí possam ocorrer, ficarão aquém de um monumento com mais de oito séculos de história.
Certo do que acabo de dizer, tenho acompanhado de perto, de muito perto, o prestimoso trabalho empreendido pelo Sr. Presidente da Câmara, Dr. José Gonçalves Sapinho e das suas diligências junto do ministério da Cultura.
Sei, que esta pérola da arquitectura acolheu as primeiras escolas públicas e também os estudos gerais que deram origem à Universidade de Coimbra.
Desejo poder continuar tão gratificante trabalho, sendo certo que os interesses superiores determinam por ora alguma reserva, tudo faremos para que o seu futuro passe por uma ligação à cultura e educação, tal como aconteceu na sua génese.
A sua dimensão física suportará igualmente outras valências consonantes com a sua dignidade.
Cientes da importância vital para o nosso concelho, em todas as suas dimensões.
Intimamente ligado ao Mosteiro de Alcobaça, está o Mosteiro de Cós.
O acervo patrimonial de Alcobaça, tem uma riqueza histórica, cultural e etnográfica sem paralelo.
A solução definitiva museológica, a criação de espaços culturais, de arte e reflexão em Alcobaça e a afirmação da sua capitalidade Cisterciense, ditam o meu desejo profundo de construir de raiz, um Centro Histórico e Cultural de Cister.
Aproximando-nos da efeméride dos 650 anos da Coroação e do “Beija-mão”, com pompa e circunstância, e de forma decidida iremos evocá-la e celebrá-la.
Trata-se de uma oportunidade única de afirmação mundial de Alcobaça, como Terra de Paixão.
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