Mesmo no calor de uma pré-campanha há que parar para pensar mais profundamente sobre determinados assuntos para além dos partidos politicos ou movimentos.
A minha reflexão de hoje é apenas sobre Alcobaça.
Estamos num momento de crise. Contrariamente ao que se quer fazer passar para a opinião pública, isto não está a melhorar, as pessoas estão é a começar a conformarem-se com a crise.
Alcobaça, com todas as potencialidades que possui, não consegue dar um salto em frente. É um concelho individado muito por culpa do actual elenco camarário que não soube criar fórmulas para criar um desenvolvimento em cada freguesia de forma a sustentar alguns projectos comuns.
A interligação entre freguesias, respeitando as caracteristicas e as potencialidades de cada uma é urgente, necessária e imprescindivel.
Se, numa determinada freguesia é a história que a mantém viva, então há que explorar esse factor interligando-a com outra com caracteristicas semelhantes.
Se, por outro lado, é uma determinado tipo de industria que a faz ter relevo, então salvaguarde-se o sector.
São meros exemplos mas que poderiam ser explorados. Mas isso só se consegue ouvindo e conhecendo as gentes de cada freguesia.
è o que espera de cada um (e não faço distinções) que se propõe governar um país, uma câmara, uma junta ou uma colectividade.
Hoje, para quem se candidata, em Alcobaça, a uma junta ou à câmara tem de ter consciência que terá de enfrentar um grande desafio: combater a apatia social, cultural e económica em que estamos, não só por culpa dos presidentes em exercicio mas, muito em especial, a nossa.
fomos nós que, durante anos, fomos votando em bandeiras, nos amigos, nos vizinhos, nos tios ou nos primos. nunca houve a cultura de ler um programa ou de perceber um projecto e votar PELO projecto.
Exemplo disso foram as eleições para o parlamento europeu. Foram poucos os projectos apresentados e debatidos mas, as pessoas votaram nos seus partidos. O exercicio do PODER do voto, tão caro para a democracia , deixou de ser um acto consciente de expressão de vontade própria para passar a ser um cheque em branco ao partido que nos agrada mais.
Nas legislativas vai ser o mesmo: que interessa se há ou não dúvidas sobre a intervenção do chefe socialista no freeport, na censura a Manuela Moura Guedes, se é ou não engenheiro com suor? Não interessa! Também não interessa o que pretende para o país, interessa atacar o passado (que deveria servir de exemplo para o presente e para o futuro). O que interessa é votar na bandeira do partido.
Por aqui é o mesmo: Quantos candidatos já se preocuparam em nos dar o conhecer a forma como pretendem contornar a crise, ou as crises (porque são muitas) no concelho?
Por onde escolher?
Eu posso ser desatenta mas ainda só vi 2 candidatos preocupados em ouvir a população, a estudar os problemas e a tentar arranjar soluções.
Não vou, como é óbvio, fazer comentários a nenhum deles, nem às ideias que apresentam embora o possa vir a fazer, mais tarde, de uma forma que pretendo que seja de critica construtiva.
Mas acho estranho que os outros candidatos estejam caladinhos à espera de conhecer as ideias dos 2 maiores para depois, apresentarem qualquer coisinha que eles tenham esquecido.
A falta de ideias e de interesse pelas populações também se vê nisto.
O desafio é grande: fazer as pessoas acharem que ainda vale a pena lutar pelas ideias da terra, sem que apareça um qualquer malabarista, que se queira aproveitar delas para beneficio próprio; envolvê-las num projecto com o qual se revejam; envolver a oposição num projecto que se pretende que defenda os superiores interesses do povo de alcobaça.
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