Aljubarrota (freguesias) têm tido uma evolução relativamente rápida em relação a infra-estruturas básicas.
O facto é que continua a faltar uma politica de incentivos à criação de postos de trabalho no comércio, nos serviços, na indústria e no turismo.
Não podemos viver de uma festa anual que vem sendo reduzida (em dias) de ano para ano.
Óbidos aposta em 10 dias (e está sempre cheia de visitantes), Alcobaça começa por 5 dias e já só vai em 3.
Isto vai retirando o estimulo dos feirantes, em especial, os que residem longe e perdem imenso tempo nas viagens.
Se a medieval é um polo de atracção turistico-cultural, então vamos apostar em força nessa área - vamos dar-lhe relevo a nivel nacional equiparando-a a Santa Maria da Feira e a Óbidos mas garantindo as caracteristicas próprias da nossa região e da nossa história.
Envolvam-se mais os artifices, artesãos, historiadores do nosso concelho.
Convidem-se todos os artistas do nosso concelho dando-lhes a possibilidade de participarem mostrando os seus trabalhos e as suas artes.
Todos sentiriam orgulho em serem convidados e sentiriam que eram importantes para o concelho.
Ao invés disso, criam-se taxas, ignoram-se os de cá, enviam-se cartas a convidar os de fora a participar, e dificulta-se a vida aos que, durante todo o ano, tentam preservar os saberes da nossa terra.
Eu não considero que se devam ignorar os que não são de cá mas acho que se deve dar apoio prioritário aos que cá estão.
Aos que amavelmente vêm de outras terras, temos de ter condições para os receber garantindo hospitalidade, um local onde possam descansar e incentivando-os a por cá ficarem mais 2 ou 3 dias a conhecer as belezas naturais que temos e os monumentos que nos dão o nome histórico.
Há que saber cativar todos!
Um bom meio para tal seria, por exemplo, no fim de cada feira medieval, promover uma refeição de convivio onde todos os feirantes participassem, onde se fizesse o rescaldo do evento, onde se pudesse trocar conhecimentos sobre as terras de cada um e, onde nós, que os queremos cativar, lhes aguçassemos o apetite para saber mais da nossa zona.
Acredito que nada disto se tenha feito porque a politica do pelouro da cultura tem sido a de fechar portas e tapar ouvidos à população.
É a população que sabe do que necessita e ao pelouro da cultura (tal como ao das obras) caberá estudar a forma ideal para colocar em prática planos estratégicos que permitam a concretização de tudo isto.
Sem uma aproximação à população e com uma politica arrogante de quem julga saber tudo isto não foi possivel durante 12 anos.
Nesta altura não estou preocupada com quem vá tomar conta da cultura. Os 2 candidatos com hipóteses da ganhar as eleições para a CMA têm gente competente para o pelouro da cultura. O ideal seria unirem esforços para colocarem em prática as suas ideias mas, como isso é uma utopia, espero, sinceramente, que o (a) vereador (a) que ficar responsável pela cultura seja atento no que diz respeito aos potenciais que existem nas freguesias e, em especial, que as consiga unir pela cultura.
Há que incentivar o convivio entre artifices e artesãos das 18 freguesias, encontrar pontos comuns que levem a uma troca de ideias, de experiências e de saberes. Estamos todos do mesmo lado: tentando desenvolver e promover Alcobaça!
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